Escrito por Sulivan França - 28 de Novembro de 2013

Para a maioria das pessoas que inicia no mundo do coaching, a maior dificuldade é entender o significado de coaching e quais as origens desse processo de desenvolvimento humano. Pensando nisso, traduzimos alguns pontos do autor John Whitmore em Coaching para Performance que podem elucidar esses pontos.

John Whitmore em Coaching para Performance

O coaching focaliza possibilidades futuras, não erros passados. O Concise Oxford Dictionary define o verbo coach como “ensinar, treinar, dar dicas, preparar”. Isso não nos ajuda muito, uma vez que tudo isso pode ser feito de várias maneiras, algumas delas sem nenhuma relação com coaching.

No entanto, o coaching diz respeito ao modo como essas coisas são feitas e ao que é feito. Apresenta resultados em larga escala devido à relação de apoio entre o coach e a pessoa a quem orienta, e ao meio e estilo de comunicação usados. O orientando obtém os fatos, não do coach, mas de si próprio, estimulado por aquele. É claro que o objetivo de melhorar a performance prevalece, mas o que está em questão é qual a melhor forma de se alcançar isso.

As origens desportivas do coaching

Por alguma razão, temos coaches (técnicos) de tênis, mas instrutores de esqui. Nos últimos anos, o ensino do tênis tem-se tornado em alguma medida menos dogmático e técnico, mas ainda tem um longo caminho a seguir. O ensino de esqui na Grã-Bretanha mudou bastante, aproximando-se do coaching, mas o ensino europeu de esqui ainda é do tipo “dobre os joelhos até que eles formem um ‘Z’ com os pés”, estando bem atrasado em relação aos Estados Unidos.

A essência do coaching

Tim Gallwey tinha tocado na essência do coaching: libertar o potencial de uma pessoa para maximizar sua performance, ajudá-la a aprender em vez de ensiná-la. Isso não era novidade: Sócrates havia dito as mesmas coisas dois mil anos antes, mas por algum motivo sua filosofia se perdeu na febre do reducionismo materialista dos últimos dois séculos.

O pêndulo fez o caminho de volta e o coaching, independente de Sócrates, veio para ficar por uma geração ou duas. Os livros de Gallwey coincidiram com o sofrimento, no entender psicológico, de um modelo mais otimista de humanidade, do que a antiga visão behaviorista de que não passamos muito de recipientes vazios dentro dos quais tudo tem que ser derramado.

O novo modelo sugeria que somos mais como uma bolota, que contém dentro de si todo o potencial para ser um carvalho magnífico. Precisamos de alimentação, incentivo e de uma luz a alcançar, mas a qualidade de carvalho já está em nós. Se aceitamos esse modelo, e este só é contestado por alguns cabeças-duras ultrapassados, o modo como aprendemos, e mais importante, o modo como ensinamos e instruímos, precisa ser questionado. Infelizmente, hábitos custam a ter fim e velhos métodos persistem ainda que a maioria de nós conheça suas limitações.

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