Escrito por Sulivan França - 30 de Janeiro de 2019

Eu não defendo a pergunta poderosa. Eu defendo a escuta poderosa.
Se você escuta muito bem, de maneira estruturada e atenta, significa que você tem uma escuta poderosa e, naturalmente, as suas perguntas vão gerar movimento.

São perguntas que geram insights nas pessoas com quem você está se relacionando. Elas fazem com que a pessoa com quem você está dialogando pense de uma maneira diferente. 
A grande questão acontece de uma forma muito prática. Se a gente analisar, em todas as vezes que eu estiver me comunicando com você, você tem uma ideia e eu trago a minha ideia também, nós agora estamos em um duelo de paradigmas. Eu dizendo no que acredito e você dizendo no que você acredita.

Se nós partirmos para entender esses dois aspectos, aí tem uma coisa que é justamente o que acontece com a humanidade. Há milhões e milhões de anos, todo ser humano defende aquilo no que acredita. 
Eu sempre digo que as pessoas matam e morrem por aquilo que elas acreditam, ou seja, elas matam e morrem pelos seus paradigmas e os seus paradigmas nada mais são do que as suas verdades absolutas.

Então, o que as pessoas fazem com as suas verdades absolutas? Elas externalizam. Você externaliza a sua verdade absoluta e eu externalizo a minha. E nós vamos ficar em um processo: eu tentando te convencer da minha verdade e você tentando me convencer da sua verdade.

Em resumo, nós vamos gerar um desconforto, principalmente um desconforto emocional. É bem capaz que você vá para sua casa e eu vá para minha e nós nunca mais vamos acabar nos falando. Ou, se nos falarmos, vai ser com certo rancor um do outro, por você não ter acreditado no que eu disse e eu não acreditar no que você disse. Quando eu desenvolvo a tal da escuta poderosa, eu escuto e sei efetivamente identificar quando é um paradigma do meu interlocutor. Assim, ao invés de eu lhe impor o que acredito, que pode ser o contrário do que ele está dizendo, eu lanço mão de uma pergunta que gera o movimento.

O que é o movimento? É o movimento primeiro de reflexão, para que eu questione a minha verdade absoluta. Eu expus a minha verdade absoluta e você, com a sua escuta poderosa, captou e percebeu efetivamente.
É isso que a gente desenvolve, inclusive, dentro das nossas formações, para que o indivíduo tenha essa capacidade, essa percepção de quando ele está lidando com o paradigma alheio

Tudo isso para que, quando ele capta essa informação, ao invés de se impor ou de expor a sua opinião, ele age de maneira neutra, isento de julgamento e pode fazer uma pergunta. E aí, essa pergunta, quando gera esse movimento, ela é efetivamente chamada de pergunta poderosa.

É o movimento de fazer com que o outro pense de uma forma diferente de como ele pensou até ali, para que reflita de maneira diferente sobre aquele conceito que ele acabou de expor.

E que ele, sozinho, questione o seu próprio conceito, questione o seu próprio paradigma. Aí, nós temos o movimento para ação ou para reação, que é aquilo que, efetivamente, tira o indivíduo do lugar. 
Então, minha mensagem é muito clara: se você tem o seu paradigma e lida com alguém que tem paradigmas distintos, é nesse momento que você pode ser um agente de mudança, apoiando o indivíduo a pensar de uma maneira diferente sobre aquele paradigma.

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