GROW é uma ferramenta reconhecida, que pode ser utilizada para dar às sessões de coaching mais direcionamento. Mas é útil também em relacionamentos de coaching formalizados a longo prazo, de modo que o coachee estenda os princípios GROW para estabelecer metas mais distantes.
No caso de relacionamentos menos formais, o coach talvez não pense em empregar tal processo, e eu o sugiro como meio de um exercício de planejamento de vida feito com o coachee.
GROW: G – “Goals” – metas e plano de vida
Ao atuar como coach, você pode empregar o formato de plano de vida, a fim de começar a direcionar a mente do coachee para onde pretende chegar. O resultado final deve ser um plano redigido de modo que possa ser utilizado como referência ou para acompanhar as realizações.Minha sugestão é no sentido de que esse não seja um plano rígido, mas uma reflexão sobre intenções do coachee. Para o coach, é uma oportunidade de decidir qual a melhor maneira de apoiar esse indivíduo, levando-o a alcançar o que deseja, sem perder de vista as necessidades adaptativas.
Elaborando um Plano de Vida
Para elaborar um plano de vida, de preferência durante a sessão de coaching, organize, à esquerda de uma folha de papel, uma lista de áreas-chave da vida (dez, no máximo). Aí, podem-se incluir carreira, família, finanças, saúde, diversão, desenvolvimento pessoal e amizades.É importante que a escolha das áreas seja feita pelo coachee, mas na qualidade de coach integral, que vê o mundo através das lentes dos quatro quadrantes, você pode sugerir áreas adicionais, caso ele deixe de fora algum dos quadrantes.
Depois de organizada a lista, escreva no alto da folha três períodos de tempo diferentes; dependendo das áreas-chave escolhidas, esses períodos podem variar entre um mês e 15 anos. O seu papel, então, é apoiar o coachee na definição de metas para cada área da vida e cada período de tempo.
É importante que essas metas sejam motivadoras, pois sem motivação haverá pouco empenho na descoberta de novas qualidades que levem o coachee a atingir seus objetivos. Se as metas não forem suficientemente motivadoras, talvez seja interessante ampliar o período de execução, escrevendo na última coluna “quinze anos”. Assim, pode ser que o “sonho” do coachee desperte.
A intenção é utilizar o plano de vida como um marcador que possa ser revisto a cada seis meses, mais ou menos. Durante o processo de revisão, o coachee decide que metas ainda são importantes e alcançáveis.
Neste ponto, o coach pode perceber mais nitidamente o que está impedindo o indivíduo de progredir. Talvez essas verificações da “realidade” precisem ser mais profundas do que pareciam, quando da primeira sessão do planejamento de vida. Com a ajuda do coach, eis aí uma boa oportunidade para o coachee explorar maneiras de realizar seus objetivos e sonhos.
Veja também:
Modelo GROW - R: Reality (Realidade)
Modelo GROW - O: Options (Opções)
Modelo GROW - W: What Next (E Agora)
Esse texto possui informações extraídas do livro "Coaching Integral: além do desenvolvimento pessoal" de Martin Shervington, editora Qualitymark, 2006.
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