A CNV - Comunicação Não Violenta tem como base os estudos do renomado psicólogo clínico Marshall Bertram Rosenberg. É um método que comprova na prática os resultados positivos de uma comunicação eficaz e com empatia.

Se pararmos para pensar faz todo o sentido, pois a nossa forma de se comunicar é influenciada pelos nossos valores, que por vezes são sequenciados por julgamentos.

Vamos refletir juntos: quantas vezes ao nos comunicarmos aplicamos na nossa fala juízo de valor? Não são raras as vezes em que expressamos de forma singular nossos sentimentos e opiniões. Somos vagarosos na empatia de "calçar o sapato do outro", mas somos rápidos em julgar. Se estamos com as pessoas mais próximas de nós, quantas vezes nos comunicamos fazendo exigências e ameaças?

Quantas vezes ao julgarmos alguém criamos rótulos? Um exemplo bem específico acontece dentro das escolas e até mesmo dentro de casa: aquela menina tem jeito de ser vulgar ou aquele adolescente é um drogado, aquela garota é rebelde, etc. 

Sem percebermos. vamos fazendo parte de um mecanismo de comunicação violenta, tendenciosa, julgadora, impaciente, cheia de rótulos, ou seja, inaceitável.

A Comunicação Não Violenta é avaliada sob três aspectos essenciais a nossa existência e desenvolvimento:

- Comunicação intrapessoal: relação de nós com nós mesmos, quando nos comunicamos com o nosso EU.

- Comunicação interpessoal: relação de nós com os outros, seja no contexto familiar ou profissional.

- Comunicação social: quando nos comunicamos com o externo ou sistema, como associações, transportes, turmas, grupos, religião, política, etc.

Pessoas que apoiam uma comunicação não violenta consideram que todas as ações têm uma origem: a ânsia de satisfazer as necessidades humanas. E para satisfazer essa necessidade, não possuem medo, da vergonha, da humilhação, da acusação e do apontamento da falha alheia, são vagarosos em coagir e rápidas em se colocar no lugar do outro.

Assim como Rosenberg eu também acredito que o caminho mais rápido para se desenvolver em comunicação assertiva é se livrar dos julgamentos. Não avaliar o certo ou errado e entender que a forma que você pensa é apenas o seu ponto de vista e não pode ser defendido como verdade absoluta. Vamos dar ênfase em expressar sentimentos e necessidades, em vez de críticas ou juízos de valor.

O uso de medidas punitivas existe somente nas culturas que têm visões moralistas do mundo, que usam as categorias de bom e mau. Os antropólogos descrevem que a ideia de alguém é "mau" não faz nenhum sentido, pois partem do pressuposto que atrás de qualquer ação há uma intenção positiva, fazendo com que tais culturas tendem a ser pacíficas.

A parte que mais me encanta no mundo do conhecimento é que não precisamos saber tudo. Também não vamos conseguir essa proeza, mas podemos nos dispor a aprender muitas coisas e a nos moldar. Iniciando a mudança em nós mesmos, podemos influenciar o ambiente a nossa volta para desfrutar dias de paz, serenidade e tranquilidade. 




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