No cotidiano somos bombardeados por informações e acontecimentos o tempo todo. E o nosso cérebro reage filtrando o que para nós faz sentido, despertando interesse e nos chamando atenção de alguma forma. Tudo dentro de nossos valores e crenças  interpretamos segundo a nossa ótica. Atribuímos significados diversos dentro das percepções dos nossos sentidos, o que vemos, ouvimos, cheiramos comemos e sentimos, nessas sensações acontece a filtragem através do nosso sistema, que inconscientemente acontece através de nossas crenças.

Em nossa vida somos educados através dos valores dos nossos pais, familiares e escola. É nesse processo de aprendizagem que desempenha um papel preponderante no desenvolvimento de crenças limitantes ou construtivas. Quando somos levados a sentir medo desenvolvemos crenças limitantes, exemplo: Você é burro! Você não consegue amar! Ninguém gosta de você, etc. Isso gera emoções negativas e ficam gravadas no inconsciente. No momento que entramos em contato, de alguma forma, com emoções similares, essas crenças são acionadas e nós entramos num processo de autossabotagem. Da mesma forma é o contrário quando construímos crenças construtivas, por exemplo: Ele é muito inteligente, Toda mulher quer ficar com você, você é imbatível, Esse menino é um príncipe.

Nas crenças estão as emoções que afloram ao darmos significado a tudo a nossa volta, nosso mundo interior. Elas impulsionam ou limitam quando mudamos de ideia, na escolha do que vestir, onde morar, qual escola é melhor, quando conhecemos novas pessoas ou nos afastamos de outras, escolhemos um novo carro, ou damos preferência a um determinado prato. Nossas crenças estão em constante movimento de segundo em segundo. Se fortalecendo, se enfraquecendo, ou ainda ressignificando-se quando nossa consciência reflete nesse diálogo interno, que é constante, para gerirmos nossas emoções. Assim podemos construir nossa evolução em todos os níveis.

Na primeira infância é que as crenças se estabelecem até os sete anos, podendo mudar no futuro. Algumas delas podem permanecerem vivas e dentro de cada um de nós com emoções e significados na origem da sua formação. É muito comum o medo de falar em público ou sentimentos como "eu não mereço ser feliz", "sou muito desorganizado", "não confio em ninguém", "meus pais não me amam", "sou inseguro", e por aí vai.

Não existe crença negativa ou positiva, mas existem inúmeras crenças que podem ser: de identidade, de capacidades, de visão, de comportamentos, de valores, de relacionamento e, quando avaliarmos sem associarmos a essas emoções, teremos crescimento e liberdade. Isso nos coloca no comando de nossas vidas verdadeiramente, pois, a crença existe e nos permite agir ou deixar de agir em determinado momento. Precisamos ser flexíveis para sairmos da caixa que nos limita, para tomarmos decisões. Quando a consciência resgata a crença limitante, é um grande avanço, mas necessitamos de flexibilidade para obter e usar os recursos internos importantes e transformadores dessas crenças em verdadeira energia atômica do ser, que é o que nos move.

As crenças limitantes são ferramentas que impedem o nosso progresso. E como são inconscientes, tem o controle do pensamento e dos nossos comportamentos, Augusto Cury na conferência da CERS falou ”O lugar que todo mundo precisa ser ousado é na mente, no imaginário, porque as pessoas estão desistindo de viver”. Precisamos gerenciar nossas emoções e não permitir que as crenças limitantes emperrem o nosso progresso. E ainda sobre a palestra do Dr. Augusto Cury, que nos leva a refletir e vivenciar e experienciar todas as nossas atitudes: “A dor só nos enriquece se não tivermos medo de entrar em contato com nossas fragilidades e insensatez, se a usarmos, para esculpirmos nossas mazelas”.



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