Em um mundo globalizado e cada vez mais competitivo, a valorização das pessoas passou a ser imprescindível para a sobrevivência das organizações. 


Quando a organização tem um time com colaboradores comprometidos, torna- se diferenciada no mercado, pois acaba atuando com criatividade, inovação e alinhada com os objetivos organizacionais.


E qual a realidade de muitas organizações?


Com a rapidez das transformações, muitas empresas perderam espaço por não conseguirem se adaptar ao mercado competitivo. Continuaram atuando da mesma forma, sem um olhar especial para os seus colaboradores. 


Como muitas empresas se encontram no mesmo patamar no que se refere à inovação tecnológica, o que as diferenciam são as pessoas comprometidas, ou seja, o verdadeiro alicerce do desempenho organizacional.


Diante disso, as organizações deverão oferecer ambientes de trabalho motivadores que possibilitam o desenvolvimento dos seus talentos.


Existem várias medidas que contribuem para o fortalecimento da gestão estratégica de pessoas, podendo destacar as seguintes:


1) Reconhecimento do papel estratégico da área de Recursos Humanos
2) Promoção de ações voltadas para a gestão de colaboradores
3) Realização de ações focadas no comprometimento das pessoas 
4) Utilização do Balanced Scorecard como ferramenta de gestão estratégica


Ao que se refere a promoção de ações voltadas para a gestão de pessoas, existem várias formas de atuação, tais como:


- Gestão da mudança: é um projeto ordenado de transformação que deve levar em conta o que mudar e como mudar o gerenciamento do processo de transição, passando, necessariamente, pelo desenvolvimento das pessoas e pelo seu engajamento com os novos processos e práticas advindos da mudança. 


- Adequação da cultura organizacional: envolve processos de transformação capazes de adequar a cultura organizacional as novas demandas, relacionadas, por exemplo, aos processos de fusões e aquisições e/ou implantação de tecnologias de gestão.


- Criação de competências organizacionais: trata-se de desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes, envolvendo a definição das competências necessárias para o alcance dos objetivos organizacionais e o mapeamento das existentes. A diferença entre o que é necessário e o que existe torna possível elaborar planos de desenvolvimento consistentes, contemplando treinamentos, capacitações, participação em eventos e outras ações que alavanquem as competências do corpo funcional de instituições.


- Gestão de talento: é uma forma de gerir pessoas que requer o alinhamento do comportamento dos talentos com a identidade estratégica da organização e a realização de uma gestão condizente com as necessidades de cada colaborador. 


Exemplo: o talento de baixa performance precisa ser monitorado e cobrado mais de perto, o de média performance precisa de mais processos de engajamento, já o de alta performance é naturalmente resiliente, tem um propósito interno, gosta de feedbacks, treinamentos e espaço para criar o novo.


Isso faz com que as pessoas realizem as suas atividades com mais paixão, devido ao alinhamento dos seus trabalhos com a missão organizacional. Outro aspecto importante é o conhecimento do indivíduo, ou seja, a perspectiva mais natural para se compreender a motivação humana é aquela que individualiza as pessoas levando em conta a sua história de vida. 


Outra questão relevante é a confiança na liderança, que tem o papel de inspirar e dar a organização seu próprio senso de propósito e visão, tendo como desafio principal o estímulo para que todos alcancem seus mais profundos níveis de produtividade e criatividade. A construção de cultura de participação também contribui para o comprometimento, na medida em que as pessoas se sentem valorizadas e estimuladas a contribuírem com novas ideias. 


Finalizando o rol de ações voltadas para o comprometimento das pessoas, a institucionalização da busca por inovação atrai muitos talentos, ao estimular a criatividade, além de garantir que a inovação continue fluindo dentro da organização.


A utilização do Balanced Scorecard (BSC) é outra iniciativa importante que contribui para o fortalecimento da gestão estratégica de pessoas. Justamente por transcender a mensuração de desempenho, tem como foco o envolvimento das pessoas com as metas organizacionais, através do alinhamento de todo o trabalho desenvolvido pelas áreas. 


Ao possibilitar a definição da estratégia de forma participativa e a visualização das conexões existentes dos processos, as pessoas passam a perceber as suas contribuições individuais para o alcance dos resultados organizacionais.


Concluindo, a gestão estratégica de pessoas é imprescindível para fortalecer processos de capacitação, treinamento, engajamento, comprometimento, ou seja, todas as iniciativas que preparam as pessoas a contribuírem para o alcance da estratégia organizacional.


É fato que essas ações exigem investimento, liderança, utilização de práticas e ferramentas adequadas, mas principalmente, o entendimento de que as organizações são entidades vivas que refletem toda uma gama de emoções humanas que precisam ser tratadas de forma diferenciada.




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