O primeiro passo de um cliente no processo de Coaching deve ser estipular uma boa meta. O Coach precisa ajudá-lo a priorizar apenas um objetivo de uma lista de sonhos que ele deseja realizar na sua vida. Essa pode ser uma escolha difícil, já que cada sonho transformado em realidade gera diferentes benefícios ao cliente. Alguns objetivos são mais difíceis e demorados, outros mais rápidos e fáceis, mas como o grau de satisfação não depende apenas da dificuldade e do tempo, priorizar se torna uma questão muito subjetiva.

A lógica e a racionalidade do processo de Coaching são usadas para compreender algo que é subjetivo e inerente ao universo particular do cliente, que ainda seria pouco compreendido pelo Coach nas primeiras sessões. O Coach consegue, com facilidade, fazer os clientes especificarem e datarem suas metas, entretanto, devido a falta de conhecimento de si mesmos, muitos clientes alteram suas metas ao longo das sessões e a medida que ganham maior autoconhecimento descobrem o que realmente querem.

Por essa razão alguns profissionais deixam o cliente escolher uma meta prioritária e algumas metas secundárias para serem acompanhadas. Assim você consegue ter uma ideia de seus principais objetivos durante todo o processo. Contudo, é preciso que o Coach mantenha o foco do trabalho na sua meta principal, mesmo que ela venha sendo moldada, aprimorada ou alterada por completo ao longo do processo. As demais metas seriam trabalhadas em momentos oportunos que pudessem surgir e, preferencialmente, como forma de ganhar motivação para alcançar o objetivo principal.

De acordo com sua meta, o Coach pode usar diferentes recursos para ajudá-lo. Por essa razão alguns profissionais do mercado apontam nomenclaturas que restringem as suas próprias atuações, em áreas que eles preferem trabalhar. Por exemplo, Coaching para Relacionamentos, Coaching para Executivos, Coaching para Liderança, Coaching para Bem Estar, Coaching Ontológico, entre tantos outros. Apesar disso, todo Coach deve ser capaz de atuar em todas as áreas, pois conhecem as ferramentas que vão ajudá-lo.

Parte do processo de Coaching sempre será especificar, datar e polir a sua meta. Nossos objetivos geralmente são vagos, sem especificidade e data para acontecer, e costumam focar no lado negativo, sendo pouco motivadoras. Por exemplo, “não ter problemas de relacionamento no trabalho” ou “ganhar mais dinheiro”. Se essas metas fossem “ter a colaboração de minha equipe para ganharmos juntos o bônus semestral” e “comprar o meu apartamento em frente a praia de Copacabana”, até determinadas datas, elas certamente seriam metas mais motivadoras. Afinal, sempre existe uma razão para se querer algo.

O processo de polimento começa desde a primeira sessão e é continuado, enquanto você descobre o que precisa para realmente acreditar que pode atingir seu objetivo com os recursos que lhe são disponíveis. São exemplos de recursos: seu conhecimento, seu tempo, seu dinheiro, seus contatos, suas competências, seus valores etc.

Todavia, pode ser que você chegue até um profissional de Coaching sem ter ideia do que deseja. Um cliente assim deseja ter um objetivo, mas não sabe ainda como defini-lo. Uma boa maneira de obter ajuda é seguindo a linha do Coaching Ontológico, ou simplesmente Coaching de Valores: para saber o que você quer, primeiro é preciso validar quais são as suas necessidades e seus valores, para formar sua visão, sua missão e sua ambição na vida, e então definir a meta que o aproxima disso.

Portanto, caso você tenha dúvidas em relação a seus objetivos, não se precipite na escolha de uma meta. Ela será “saber o que quer”, ou de forma polida, “Conhecer minhas necessidades e valores para formar minha visão, missão e ambição, estabelecendo uma boa meta, que me aproxime disso em até 4 meses”. Conhecendo-se primeiro, você se sentirá mais forte, terá mais clareza de objetivos e motivação para agir. Conversando com seu Coach a cada sessão você será apresentado a exercícios mentais e questionamentos que vão fazê-lo perceber o que quer.

Além do alinhamento de valores, sua meta precisa ser algo em que você acredita, pois essa esperança é motivadora das ações e atitudes necessárias para alcançá-la. Ela deve ser sua, pois o que motiva é o ganho, mesmo quando esse ganho é secundário, ou seja, a satisfação do outro me traz satisfação. Por fim, ela precisa ser tangível, algo que você possa tocar, sentir, fazer e experimentar de alguma forma não utópica.



Pensando então sobre todas as características que se somam para formar uma meta perfeita, podemos estipular que ela será:

Polida, para uma maior motivação, de acordo com o ganho buscado
Específica, é bem detalhada e com data para se concretizar
Realizável, pode ser alcançada através de você e seus recursos
Flexível, podendo ser melhorada sempre
Esperançosa, pois é preciso acreditar nela e no que ela pode gerar
Intransferível, deve ser sua, através de você e para você
Tangível, para que você possa ter, sentir, perceber ou fazer
Adequada, em conformidade com seus valores e necessidades



Questões de Coaching

Quais são seus objetivos a serem ainda realizados?
Em quanto tempo você pode alcançar cada um de seus objetivos?
Qual o ganho ao alcançar cada um de seus objetivos?
Qual destes objetivos é prioritário e meta para você? Por quê?
Quais são seus objetivos secundários mais importantes? Por quê?
Você tem os recursos internos e externos para alcançar a meta?
Como você pode ser mais específico em relação a sua meta?
Quais os detalhes que precisam ser observados e descritos?
Como você pode polir sua meta, tornando-a mais motivadora?
Qual a relevância das suas necessidades e valores para sua meta?
Sua meta está adequada a suas necessidades e valores?
Sua meta o ajuda a se aproximar de sua visão, missão e ambição?
Você acredita em sua meta e que só você pode busca-la?
E agora que já tem uma meta, o que você pode fazer a respeito?
Se ainda não tiver certeza do que quer, como pode descobrir?



Informamos que esse texto é de inteira responsabilidade do autor identificado abaixo.