Uma cena do filme “Os Vingadores” mostra como, às vezes, um ataque pode nos tornar mais fortes. Thor usa o poder do raio para atingir o Homem de Ferro. O golpe é duro. Só que aquilo se transforma em energia. A armadura avisa: “Senhor, sua capacidade está em 400%”.

Diante disso, o Homem de Ferro retribui o “presente” e atinge Thor com essa força potencializada. O longa, sucesso de bilheteria, tem algumas lições importantes para o mundo corporativo. Além do ensinamento que abre o texto, há a questão da diferença de perfis.

Em um trecho do filme, Thor sequestra o irmão, que estava preso. O Homem de Ferro decide, imediatamente, resgatar o prisioneiro. Ao que o Capitão América diz: “Calma. Precisamos de um plano para atacar”. Ouve a seguinte resposta: “Eu tenho um plano. Atacar”.

O Capitão América tem um perfil mais centrado, conta com maior prudência. Já o Homem de Ferro é como um trator. Costuma agir de maneira mais rápida e intensa. Nenhum dos jeitos é melhor em relação ao outro. Boas equipes surgem dessas diferenças.

Antes da grande batalha de Nova York, o vilão Loki diz para o Homem de Ferro que tem um exército. Ouve esta resposta: “E nós temos o Hulk”. E foi justamente esse o personagem que vivenciou um dos maiores momentos de arrogância do inimigo.

Durante a guerra, quando Loki e Hulk se encontraram, o primeiro começou a ofender o oponente esverdeado. Em seguida, afirmou: “Eu sou um deus”. Hulk pegou Loki com a mão, bateu com ele no chão várias vezes e exclamou: “Deus fraco!”.

Lembrei-me de indivíduos que se acharam verdadeiros deuses, abusaram da falta de coerência e, com isso, perderam colaboradores maravilhosos. Assim, os “Lokis da vida” ganharam fortes concorrentes e levaram surras difíceis de esquecer. Algumas delas definitivas.

Por falar em Loki, a intenção dele era dominar a Terra. Durante uma discussão, o irmão Thor perguntou se o vilão se achava superior aos seres humanos. Quando ouviu um retorno positivo, o herói afirmou: “Então, você não sabe o que é governar”.

O gestor que se acha superior aos que estão ao redor não tem noção do que é ser líder. É triste perceber que ainda temos casos de chefes que fazem a parede tremer com uma ligação. Exercer uma liderança servidora não significa, necessariamente, ser “bonzinho”.

O líder servidor é aquele que cria condições favoráveis para que a equipe tenha um excelente rendimento. Não olha para ninguém com ar de superioridade. Como diz o professor Luiz Almeida Marins Filho, é o profissional que delega sem abdicar. Trata-se de grande exemplo!


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