Irmão mais velho conhece bem aquela fala comum de pais desesperados para apartar a briga dos filhos: “Você é mais velho. Então, tem que ceder”. Com isso, vem um sentimento de injustiça. Afinal, o culpado pelo problema deveria ser responsabilizado, não é mesmo?

Nem sempre, porém, o mais velho é o mais maduro. Quando os pais identificam isso, a frase é outra: “Seu irmão é mais velho, mas você é mais maduro. Então, tem que ceder”. Aí, então, a coisa se torna ainda mais complicada. A pessoa não pode nem se dar ao luxo de ser mais nova.

Esse desespero dos pais para ver os filhos em harmonia traz um ensinamento importante. Nas empresas, sempre tem um tipo de funcionário orientado para o conflito. Não importa a situação. De qualquer forma, o resultado será embate. Nem que seja uma leve discussão.

O problema maior é quando o funcionário orientado para o conflito encontra outro igualzinho a ele ou ainda alguém que, apesar de não provocar a situação negativa, também não demonstra nenhum interesse em fugir dela quando aparece. A coisa fica feia.

Minha recomendação é que nós nos lembremos dos ensinamentos dos nossos pais. Toda vez que um colega iniciar um “confronto” desnecessário, lembre-se que você é mais maduro. Portanto, não vai cair nessa. Quem tem uma carreira a zelar toma esse cuidado.

A questão aqui não é virar uma cópia da Madre Teresa de Calcutá. Reconheço que, às vezes, não há como ter sangue de barata. Penso que é estranho, no entanto, ter o conflito quase que como filosofia de vida. São muitos os casos e o futuro não é muito promissor.

Pessoas assim raramente são promovidas. Quando o são, raramente se sustentam no topo. Além disso, é preciso que a gente tenha consciência de que estamos em constante avaliação. O colega ou cliente de hoje pode ser o contratante de amanhã.

Tenho uma palestra que se chama “Estamos todos no mesmo barco”. Uma das ideias que compartilho nela é que, convenhamos, nós dependemos uns dos outros no ambiente de trabalho. Temos um milhão de abacaxis para descascar todos os dias.

Diante disso, o funcionário que só ajuda a construir barreiras, com expressão de velório, é a última coisa que queremos ver pela frente. Prefiro aquele que traz solução com sorriso no rosto. É um desafio, mas agir assim diariamente começa com a decisão de fazê-lo.

O mais interessante é que amizades maravilhosas podem surgir porque um dos lados decidiu ceder. O mundo já está cheio de gente que suga a nossa energia o tempo todo. Portanto, escolha o amor. A possibilidade de ter uma consequência positiva é bem maior.


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