Assisti a um documentário sobre a vida selvagem no Sri Lanka e fiquei impressionado com lições importantes para o trabalho em equipe. Macacos desenvolveram um relacionamento de benefício mútuo para alertar uns aos outros sobre a presença de predadores.

Enquanto um membro fica em cima da árvore, em local com ampla vista para o entorno da área, os outros conseguem manter as atividades normais do dia a dia. Com a aproximação do perigo, o aviso é emitido e a possibilidade de escapar com vida é muito maior.

Quando existe um sentimento que valoriza o trabalho em equipe, as ações não precisam ser tão premeditadas quanto a dos macacos do Sri Lanka. Na Copa de 1994, o jogo contra a Holanda estava 2 a 2 e o juiz deu falta para o Brasil. Eram as quartas de final.

O lateral Branco marcou o gol que definiu a vitória para a nossa Seleção. No entanto, um aspecto inesquecível daquela conquista foi o movimento de desvio que Romário fez para evitar que a bola batesse nele. Que jogo emocionante!

Uma mudança na trajetória do chute poderia alterar os rumos do Mundial. Quantas conquistas as equipes deixam de ter por um detalhe que não foi observado? A ação do atacante foi primordial. Para isso, só precisou participar de forma indireta.

Soube que, certa vez, um jogador deu uma entrevista após uma partida e falou para os repórteres sobre o gol que o time marcou. Só tem um detalhe: o resultado foi 0 a 0. Isso mesmo. Ele narrou algo que não existiu! A cabeça dele estava em qualquer lugar, menos ali.

Qual é a dedicação de um cidadão como esse? Seres humanos cometem erros, mas equívocos motivados pela falta de comprometimento são mais perigosos porque a ação já começa com problemas. Precisamos entender a repercussão de nossos atos no cotidiano dos colegas.

Outro exemplo que evidencia a importância do trabalho em equipe é a chegada do homem à lua. Neil Armstrong foi o primeiro a pisar nela e colocou o nome na história por causa disso. Mas o que aconteceria se o cara da nave decidisse ir embora?

Compartilhar conhecimento também é crucial. O profissional que dificulta o aprendizado de colegas para se “proteger” não sabe o verdadeiro significado de ser competitivo. Além disso, quem age dessa forma não cria espaço para crescer porque não desenvolve substitutos.

Existem colaboradores que levam uma nuvem negra por onde passam. Deixam o ambiente carregado e prejudicam a construção de uma atmosfera de cooperação. Isso precisa ser identificado e corrigido. Não há mais margem nas empresas para manter alguém assim.


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