Após leitura da coluna “Coaching em Alta”, do respeitado cientista político Alcindo Gonçalves, publicada na Tribuna livre de 1º de julho, gostaria de esclarecer alguns pontos sobre o assunto. Sou estudiosa do tema, com formação nas mais prestigiadas escolas especializadas em coaching. Trata-se de um processo com foco 100% em solução, que apoia quem busca o desenvolvimento pessoal e/ou profissional.

Recente pesquisa com executivos brasileiros que passaram pelo processo de coaching aponta que 100% aperfeiçoaram a capacidade de ouvir, 80% melhoraram a flexibilidade, 80% aprenderam a aceitar melhor as mudanças e 70% evoluíram a capacidade de se relacionar. Publicação da revista Fortune 500, mediante estudo com 100 executivos, também mostra que o coaching é uma ferramenta de desenvolvimento que quintuplica o valor investido.

Sabemos que personalidades importantes da história atuaram em consonância com princípios do coaching. Ainda que não atuassem expressamente no papel de coach, as metodologias utilizadas permitiram a criação das bases do processo. Sócrates, filósofo ateniense, nascido em 469 a.C., utilizava a metodologia baseada em perguntas para desenvolvimento moral e filosófico de seus discípulos, como Platão e Aristóteles, uma técnica denominada maiêutica, ferramenta básica para o coaching até os dias de hoje.

A adoção do termo “coach” remete ao século XIV. Mas, passou a ser mais popular em 1.850, ao ser utilizada em universidades da Inglaterra para denominar o tutor de uma pessoa, aquele que ajudava estudantes a se preparar para os exames. Em 1.950, a palavra coaching foi introduzida pela primeira vez na literatura de negócios como uma habilidade de gerenciamento de pessoas.

O americano Timothy Gallwey, na década de 1.970, foi um dos pioneiros no desenvolvimento dos conceitos de coaching, obtendo grande destaque como orientador de tenistas e jogadores de golfe famosos. Trabalhou também aspectos comportamentais, em especial o que eles pensavam e o nível de concentração. Para ele, “coaching é uma relação de parceria que revela e liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar o desempenho delas. É ajudá-las a aprender ao invés de ensinar algo a elas.”

A partir de 1.980, com o boom dos sistemas de comunicação e informação, o coaching entra no mundo organizacional como um processo de realização de metas e se consolida como profissão. Nos últimos anos, vem ganhando credibilidade e conquistando respeito e reconhecimento em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil. O sucesso está associado ao fato de oferecer excelentes benefícios, especialmente economia de tempo e retorno do investimento traduzido em resultados.

Concordo com as dúvidas do cientista político Alcindo Gonçalves em “ser impossível invadir todas as áreas e significar a solução mágica para qualquer problema”. Estou de acordo também com a questão da multiplicação de diversos “tipos” de Coaching de acordo com a necessidade do cliente, com desvios perigosos, autoajuda e charlatães de plantão, nesse universo sem lei da internet. 

Mas a importância do coaching é inquestionável, devendo ser muito criteriosa a escolha de um profissional competente e eficiente. E para isso, faz-se necessário pesquisar, consultar e conferir certificando-se que o coach tem as habilidades necessárias. 

O coaching pode ser a melhor solução na busca de objetivos pessoais e profissionais, desde que haja cuidado na escolha de quem irá conduzir o processo.



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