Em um dado momento da minha vida, escolhi não ser feliz. Essa decisão foi tomada sob uma motivação forte e convincente: aos 25 anos de idade perdi o meu pai para uma parada cardíaca e, desde então, sequer me pareceu justo optar pelo contrário. Acontece que ser infeliz é cansativo, doloroso e, com o passar do tempo se torna insustentável.

Eu não sei em que você crê, mas estou certa de que acreditas em algo que transcende a sua existência e de tudo e todos que te rodeiam no mundo físico. Para mim é Deus. E foi para Ele que eu disse inúmeras vezes: “Por favor, me dá alegria, porque eu não suporto mais a tristeza!”

Já quase sem forças para pedir, comecei a entender que meu estado só poderia mudar se minhas atitudes mudassem, ou seja, para me sentir diferente eu precisaria agir de maneira diferente, me permitir experimentar o novo, fazer algo que jamais havia feito. Partindo desse pressuposto foi que decidi trabalhar como voluntária em um projeto missionário (social e evangelístico) em outro país.

Isso mesmo! Eu, no momento em que mais necessitava de toda e qualquer ajuda possível, tirei o foco do meu problema e me dispus a servir e ajudar a quem quer que precisasse, independente de quem fosse.

Para minha surpresa, a experiência de servir a Deus e às pessoas, milagrosamente curou o meu coração! Aconteceu tão naturalmente que não sei precisar datas, mas considero suficiente saber que depois de aproximadamente 25 dias nos campos missionários eu voltei para casa tendo recuperado alguns dos 7 kg que havia perdido, a vontade de viver e a capacidade de sorrir!

Na viagem aprendi que não é necessário conhecer as pessoas, podemos senti-las. Que pode haver mais conforto em um chão empoeirado de um banheiro público do que na cama de um hotel 5 estrelas, porque o conforto não envolve só o corpo, envolve principalmente a alma. Que tem gente que sorri com o coração. Que existem pessoas que dedicam a vida a outras pessoas e que isso é lindo! Que Deus é mais real do que eu já havia experimentado e que milagres acontecem com mais frequência do que imaginamos.

Percebi que o meu momento de maior dor, me levou a tomar a decisão de viver a melhor experiência da minha vida até aquele momento. Nos dias que se seguiram, milhares de coisas me aconteceram, algumas desconfortáveis, outras incrivelmente maravilhosas. Como não creio que seja possível saber o que vai acontecer até que, de fato, aconteça, entendi que a melhor maneira de suportar, enfrentar, viver qualquer acontecimento é procurando extrair os aprendizados – que os acontecimentos marcantes da nossa vida têm intrínsecos – e se permitindo mudanças.

Certa vez aprendi que as pessoas não mudam, que poderiam, no máximo, melhorar ou piorar em alguns aspectos. Felizmente, há pouco tempo eu desaprendi isso e aprendi diferente, um aprendizado novo que faz muito mais sentido para mim: se estivermos atentos, perceberemos que pela porta que está aberta para uma mudança, muitas outras podem entrar! Pode ser que, durante o período em que tenta mudar o seu comportamento em relação à disciplina, você descubra que adora macarrão (embora o tenha odiado durante toda sua vida até aquele momento). E tudo fará sentido se esse fato tão simples te fizer compreender e acreditar que as pessoas mudam! Elas mudam sim! Mudam sempre! E a cada instante! O que significa dizer que podem abandonar hábitos, vícios, comportamentos e adquirir novos, que sejam melhores para si em determinados momentos. E se podem isso, podem, certamente, realizar sonhos, concretizar planos e fazer o que jamais imaginaram ser capazes de fazer!

Essa é uma das razões pelas quais trabalho com foco em realização de sonhos! Acreditar na transformação, na ressignificação, no fato de que as pessoas podem conquistar TUDO o que desejarem e se dispuserem a AGIR para conquistar, independente do que seja.

Sendo coach disponho das ferramentas necessárias para fundamentar essa minha crença nas pessoas e na vida, por isso, o que eu faço é, para mim, muito mais que um trabalho, que, aliás, deixo à sua disposição!



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