O Rio Grande do Sul está em chamas. O estado está falido. No programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, o assunto entrou no debate. A polêmica maior é o parcelamento dos salários de algumas categorias do funcionalismo público. A discussão foi calorosa.

Um dos participantes comentou que empresas em que trabalhou passaram por crises. Quando isso acontecia, aí é que ele se engajava mais. Mesmo com atrasos de vencimentos. A ideia era salvar o negócio e, portanto, os empregos dele e de centenas de pessoas.

Outros comunicadores não concordaram com o exemplo. Para eles, uma coisa é fazer uma força-tarefa para ajudar uma companhia privada a sair do buraco. Caso diferente é fazer isso pelo governo. Afinal, muitas promessas são feitas e a situação não melhora.

Durante a discussão, lembrei-me do filme “Meu Malvado Favorito”. Ao sair de uma videoconferência com o banco, o personagem Gru reuniu os funcionários para informar a situação financeira do projeto de roubar a lua.

O discurso começou assim: “Sei que há rumores de que o banco não está mais nos financiando. Estou aqui para acabar, de uma vez por todas, com esses rumores: é tudo verdade! Sobre dinheiro, não temos nenhum dinheiro”.

Quando o líder terminou de falar, uma das meninas que adotou deu a ele um porquinho que continha algumas moedas. Isso instigou os colaboradores, as curiosas criaturas conhecidas como minions, a ajudarem também. Deram o dinheiro que tinham para apoiar o projeto.

Se esse conceito se aplica ou não para empresas públicas, é um debate que levaria um artigo inteiro. De qualquer forma, penso que é bacana ver funcionários se unirem para salvar um negócio. Isso vai além de manter o emprego. Mostra que foram conquistados.

É preciso cuidar para não jogar no lixo essa confiança. No programa Saia Justa, do GNT, foi relatada a história de uma esposa que sempre comprava dólar com uma parte do dinheiro que o marido dava para ela. Certo dia, aquele homem rico faliu.

Ao saber do problema do cônjuge, a mulher imediatamente pegou a verba que juntou e deu para ele. Queria ajudá-lo a se recuperar. Só que o cidadão ficou irritado com o fato de ela ter guardado esses valores sem que o esposo soubesse. Que falta de reconhecimento!

Uma quebra de confiança hilária foi a do filme Street Fighter, dos anos 90. O vilão Zangief se revoltou contra o chefe Bison e passou para o lado do bem. Isso porque um companheiro reclamou da miséria que recebia e fugiu. Aí ele disse: “Espera aí... Você era pago?”.



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