Quem não ouviu, em Dezembro, “ano novo, vida nova”, seguido por uma série de promessas de mudanças? Conversas assim se repetem em diversos ciclos sociais, até os primeiros dias de Janeiro do ano seguinte.

O repertório de promessas é o mais variado, mas as mais comuns são: perder peso; ter uma vida mais saudável; economizar dinheiro e organizar as finanças. Em geral, ainda, se promete cumpri-las logo nos primeiros dias do ano. Contudo, passada a euforia da virada, o que acontece com essas resoluções de vida?

Assim como o final do ano, o início também tem as suas armadilhas e distrações típicas, que logo se apresentam. São os dias ensolarados típicos do verão; as férias do trabalho e as escolares; as viagens; os encontros com os amigos e, ainda, o Carnaval.

Daí, quando menos se percebe, o peso adquirido nas festividades típicas do fim do ano se acumula aos excessos do início; a vida saudável dá lugar ao “aproveitar a vida”; o dinheiro que entrou mal paga o IPTU, o IPVA, o material escolar e a fatura do cartão de crédito, quando chega, acaba com a inicial previsão financeira para o período.

Por que isso acontece?

Na maior parte dos casos as promessas feitas são vagas ou ilusórias e não condizem com o quanto as pessoas estão prontas ou dispostas a concretizá-las. Além disso, essas novas metas, quando somadas aos compromissos preexistentes, se tornam incompatíveis com a realidade do dia a dia das mesmas.

Além desses, há uma pequena parcela que, animada com a expectativa de mudança, inicia o cumprimento das promessas, mas de todas ao mesmo tempo. Contudo, quando o despreparo se revela notório, o sentimento de fraqueza ou fracasso se transforma no de impotência, que pode ser revisitado a cada nova tentativa.

Então, como agir diferente e fazer parte do seleto grupo que cumpre com as promessas de fim de ano?

Algumas dicas para o êxito:

1.  Transforme promessas em metas palpáveis, não em expectativas ilusórias e infundadas. Assim, seja sincero consigo mesmo; estabeleça as prioridades e adote uma estratégia adequada à sua realidade e capacidades;

2.  Gerencie o seu tempo; mantenha-se fiel ao programa e não caia nas armadilhas das distrações – elas são inimigas da produtividade;

3.  Não espere que os resultados desejados apareçam de imediato e não se cobre neste sentido. Tenha em mente que toda mudança real e permanente é fruto de dedicação e persistência;

4.  Diante de tentações, coloque na balança suas perdas e ganhos. Porém, caso um deslize aconteça, não desista! Reflita sobre o que foi feito; o motivo; as circunstâncias; como você se sentiu - antes e depois -; tire o máximo de lições possíveis e já projete como reverter as consequências; e

5.  Aproveite o ânimo com os votos do início do ano, mas não se esqueça de renová-los constantemente.

Conferir sustentabilidade às pequenas e grandes mudanças realizadas, faz com que meras promessas de fim de ano rompam as barreiras de “velhos hábitos” e se tornem permanentes na vida.




Informamos que esse texto é de inteira responsabilidade da autora identificada abaixo.