Estou preocupado com imagens que têm circulado nas redes sociais. Parecem valorizar as mulheres, mas trazem mensagens machistas. Uma delas mostra o preço que se paga para ter empregada doméstica, babá, cozinheira, psicóloga, enfermeira e motorista.

Depois, o material traz os seguintes dizeres: “Casar com uma mulher que não cobra nada disso não tem preço! Mas você pode pagá-la com amor, carinho e reconhecimento! Valorize a sua!”. Em minha avaliação, quem pensa assim não sabe o que faz o sucesso de um casamento.

“Reconhecer” o belo trabalho que elas fazem enquanto estamos sentados no sofá é algo muito contraditório. Para mim, valorizar a mulher não está só em “ajudar” nas tarefas domésticas. É preciso dividi-las. O amor verdadeiro vai muito além do auxílio.

Sou fã de mulher. Acredito que elas precisam dominar o mundo o quanto antes. O planeta administrado por homens é tomado por mudança de clima, conflitos, crises econômicas, doenças e fome. Quando uma mulher descobre o potencial que tem, ninguém a segura.

Estava a conversar com algumas meninas e chegamos ao assunto “arrumar malas para viajar”. A quantidade de bagagem que elas levam é sempre alvo de brincadeiras. Porém, tem algo de muito especial nisso, que é uma visão 360 graus sobre cada aspecto da vida.

Quando a mulher “exagera” nas malas, é porque ela tem o dom de prever tudo o que pode acontecer durante uma viagem. Essa habilidade é natural para elas e é muito útil quando o assunto é gestão. Grandes líderes homens precisam desenvolver isso para seguir em frente.

Já tomei diversos banhos por não conseguir pensar com antecedência na possibilidade de chover ou não. Isso é difícil de acontecer com elas. Com uma olhada para o céu, decidem se é dia de levar o guarda-chuva. É só um exemplo de como esse olhar holístico funciona.

Fico triste ao ver que, às vezes, as próprias mulheres não concordam comigo. Até celebram no momento em que falo sobre a divisão das tarefas, mas torcem o nariz quando digo que sou fã. Geralmente, o comentário é esse: “Conheço uma meia dúzia que não vale nada”.

Como diz Sheryl Sandberg, a diretora de Operações do Facebook, as mulheres precisam se proteger mais. É necessário que haja mais cooperação entre elas. Além de escrever um livro sobre o assunto, ela criou um movimento mundial para ajudar nessa causa.

Dia desses, expliquei para um grupo de meninas as minhas opiniões sobre como elas devem assumir o controle. Destaquei o potencial imenso que existe em cada uma delas e tentei motivá-las a crescer. Disse que sou fã e ouvi a seguinte resposta: “Ih, sabe de nada, inocente”.



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