A tão falada busca pela felicidade jamais sai de moda e talvez nunca tenha sido tão desejada como nos dias atuais. Historicamente houveram mudanças grandes no entendimento desse termo, e o filósofo Luiz Felipe Pondé relata que na filosofia grega, ser feliz era fazer o possível para não sofrer com paixões de nenhum tipo, buscando um estado de serenidade. 

Muito distante da atualidade, vivemos o oposto disso, somos cada vez mais incentivados pelas mídias e livros de autoajuda para perseguir a realização dos desejos pessoais em uma busca incessante por nossas paixões, pelo que dá prazer e pelo que faz sentido.

O próprio processo de coaching nos apoia a descobrir nossos valores fundamentais e o que é importante para algumas pessoas pode não ser para outras.

O problema é que, como diz o ditado popular, “a vida não é um mar de rosas”. Entre perseguir seu sonho e realizar seus desejos temos diversas responsabilidades como pagar contas, enfrentar o trânsito, cuidar dos filhos e enfrentar alguma ou outra burocracia. Sem falar das perdas irreversíveis, frustrações que fazem parte da vida e insegurança para todos os lados. 

Estudos recentes da universidade de Edimburgo na Escócia, chegaram à conclusão que existe uma predisposição genética para ser feliz, ou seja, os genes seriam responsáveis por cerca da metade da nossa felicidade. 

Porém se você acha que sua genética não foi brindada com esta predisposição, não se desespere, pois, outros estudos com uma visão muito mais positiva do ser humano, apontam que além de sermos seres únicos, possuímos um cérebro dotado de neuroplasticidade, ou seja, temos o poder de reorganizar experiências e desenvolver uma mentalidade positiva e mais realista das vivências.

Por isso nossa postura corporal, mental, energética e a noção de que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos ao longo da vida é o que realmente determinam nosso modo de enxergar a vida e da nossa intenção de nos fazermos felizes. A teoria está muito bem embasada pela neurociência e trabalhada, às vezes indiretamente, no processo de coaching.

Os desejos que você persegue também dizem muito sobre as chances que terá de ser feliz, por isso é necessário ajustar o foco para que tenha clareza do quanto custa ir atrás do que deseja. Ter consciência e aceitar a impermanência da vida, segundo o budismo, também são fatores que te auxiliam a não se abater diante de uma dificuldade.

No mais, a procura da satisfação pessoal é individual e intransferível. Por esse motivo, até mesmo as receitas prontas de alguns métodos funcionarão a partir da subjetividade e do comprometimento de cada indivíduo para se fazer feliz e para isso o autoconhecimento é fundamental. 



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