Existem inúmeras bibliografias que tratam do tema liderança. Não há como falar sobre liderança sem falar também de relacionamentos humanos. Em sessões de Coaching com executivos de empresas, esses relacionamentos ganham o cunho de gestão de pessoas ou de equipes. Quando a meta é no âmbito familiar, a liderança estará relacionada com o papel de cônjuge ou de pai/mãe, e como eles podem ser mais ouvidos e respeitados em seu lar.

O relacionamento humano está no cerne de todas as metas e a liderança está relacionada a sua capacidade de influenciar as pessoas envolvidas no processo para realizar seus objetivos. Sempre somos desafiados em nossos relacionamentos, já que fomos acostumados a ver as relações sob uma ótica egocêntrica, ou seja, buscando apenas o nosso próprio benefício. Desde a infância somos estimulados a competir pelas melhores posições sociais, quando o mais importante talvez seria cooperar pelo bem coletivo.

Isso se torna ainda mais evidente na vida adulta, quando lidamos com chefes, funcionários, colegas de trabalho, mas também com nossos pais e filhos. Não há ser humano que não busque viver da melhor maneira possível, mas isso não implica em abandono da ética social, como mostram as teorias da administração de empresas. Em administração dá-se o nome de “stakeholders” a todos aqueles com quem a empresa precisa se relacionar para atingir suas metas e que devem ser tratados como clientes, ou seja, devem estar satisfeitos com a relação.

Da mesma maneira, na sua vida você sempre terá “stakeholders”, pessoas com quem precisa ter um bom relacionamento e a capacidade de influenciar, para obter deles parceria e dedicação. Nesse tipo de relação ambas as partes sempre devem ganhar e há muito pouco espaço para imposições. Para que isso aconteça, é preciso que você atue como líder.

A liderança é comumente tratada como algo que seria genético, nascendo com certas pessoas. Contudo essa abordagem desconsidera a evidência de que nossas competências foram sendo construídas ao longo do tempo, através de estudos e vivências, até se tornarem algo que flui com naturalidade, razão pelo qual se diz “já estar no sangue”.

Essa abordagem nos remete ao direito divino dos monarcas, que alegavam ser escolhidos por Deus para reinarem na Terra desde seu nascimento. O arquétipo de Deus existe no inconsciente coletivo e gera o complexo pelo qual o homem almeja ocupar o lugar de Deus e exercer seu poder absoluto. Em maior ou menor grau, isso ocorre com o rei, o chefe, ou o pai. Quando mal utilizado, o poder adquirido acaba gerando a revolta dos que a elee estiveram submetidos.

A abordagem alternativa procura mostrar que a liderança precisa ser merecida e, antes de ser uma competência do líder, era apenas um conjunto bem-sucedido de ações e comportamentos. Foi a atitude, com a repetição e ajuste dos comportamentos, que a transformou numa competência do líder e lhe conferiu respeito, confiança e poder. Acreditando nisso, é possível estudar, agir e aprender a ser um líder em qualquer situação.

Observados ao longo de décadas, os comportamentos bem-sucedidos de líderes foram sendo decodificados e mapeados. Eles demonstram um grande compromisso com a ética, com a coletividade, mas sobretudo com a visão e a missão, ou seja, aquilo que acreditavam e o ímpeto que tinham para realizar.

Jesus é apontado por muitos com o mais importante líder, por influenciar a humanidade a mais de dois mil anos. Mas outros líderes podem ser reconhecidos em suas igrejas, empresas ou famílias. O critério é sempre a meritocracia, sendo o líder escolhido por se destacar através de seus comportamentos e atitudes.

Se você acredita ser capaz de aprender novos comportamentos e decide agir de acordo com eles, você conquistará novas competências e aprimorará as existentes. O Coaching estimula você a perceber que comportamentos precisam ser aprendidos, mudados ou potencializados para atingir sua meta. Por exemplo, alguém que deseja ser palestrante precisa aprender a falar em público. Alguém que deseja ser ouvido precisa aprender a ouvir. Alguém que deseja ser respeitado em seu horário de lazer precisa aprender a respeitar o horário do outro.

A metodologia do Coaching provoca você a perceber seus comportamentos, ao invés do comportamento dos outros. Por exemplo, se você diz que o outro te irrita é porque ainda não percebeu que é você quem se irrita com o que o outro faz, ou seja, a escolha de se aborrecer foi sua. Quando você observa os comportamentos alheios, muitas vezes faz um julgamento e emite uma sentença. Contudo, se o outro fizesse o mesmo contigo, possivelmente sentiria-se incompreendido.

Ao notar que aquilo que incomoda no outro muitas vezes é algo que existe em você, estará removendo a trava em seus olhos e abrindo caminho para as ações, atitudes, comportamentos e competências inerentes a seu Estado Futuro. Você passará a agir não apenas como protagonista, mas também como um líder, respeitando as suas relações humanas com ética e equidade.

O que você pode descobrir agora:

Quem são os “stakeholders” na minha vida e como estou me relacionando com eles?
Quem são os “stakeholders” na minha meta e como estou me relacionando com eles?
O que posso fazer para melhorar essas relações?
Como posso buscar mais ética e equidade nessas relações?
Que líderes eu reconheço na história e sociedade?
Quais são as atitudes dos líderes que eu reconheço?
Que comportamentos eu já possuo que um líder deve ter?
Que comportamentos eu posso adotar a partir de agora?
Como as minhas relações me aproximam da minha meta?
Como melhorar minhas relações adotando com uma postura de líder vai me ajudar a atingir minha meta?
Estou preparado para liderar?


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