Querer abraçar o mundo é o caminho mais curto para jogar a saúde pelo ralo. Quando colocamos muito peso nas costas, não dormimos direito. A alimentação fica pior ainda. A preocupação toma conta dos nossos pensamentos.

Em muitos casos, nos preocupamos com coisas que, no fim das contas, nem nos dizem respeito. Em outras situações, os "problemas" são produzidos pelas nossas mentes e não ocorrem de fato. Desperdício de energia.

Penso que é importante criar condições para aliviar a tensão. Podemos começar pela forma como nós encaramos, interpretamos a vida. Aquela história de olhar o copo meio cheio parece batida, mas é a mais pura verdade.

Viver de maneira mais leve não significa que devamos nos tornar minions. Seres humanos devem ter sentimento à flor da pele de vez em quando. A questão é que, quando nossa mente fica cheia de lixo, sobra menos espaço para o que vale a pena.

Bruce Lee disse: "Esvazie sua mente. Seja sem formatos, sem contornos. Como a água. Quando você coloca a água num copo, ela se torna o copo. Se você a coloca numa garrafa, ela se torna a garrafa. (...) A água pode fluir ou destruir. Seja a água".

A entrevista na qual o grande mestre das artes marciais faz essa afirmação está disponível no YouTube, com legendas. Há até versões dubladas. Ele reproduz o trecho de um dos vários filmes que estrelou. É uma lição e tanto.

Nem pessoas muito ricas conseguem resolver o problema de todos que estão ao redor. Portanto, acredito que a melhor maneira de contribuir com os outros é fazer isso de maneira natural, sem deixar que essa vontade tome conta dos seus dias.

Sei que é mais fácil falar do que fazer. O que está por trás de carregar um peso muito grande nas costas é algo positivo. Demonstra comprometimento com o próximo. Porém, se você é assim, pare e faça uma avaliação.

O que produz mais resultados? Abraçar o mundo ou viver de maneira mais leve? Pensar em "problemas" o dia inteiro ou esvaziar a mente? Num mundo com tanta correria e informação, conseguir relaxar é fundamental.

A tarefa de um palestrante não é incentivar o surgimento de verdadeiros zumbis da felicidade (apesar de alguns darem a entender isso). Viver é, sim, um grande desafio. Fomentar o debate é uma forma de aprender a lidar bem com essa realidade.



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