Um novo cenário desponta desafiador para o ambiente corporativo. Surge a indústria 4.0 ou manufatura avançada, considerada como a 4ª Revolução Industrial.

O conceito nasceu em 2013, na Alemanha, e se refere a fábricas inteligentes, com produtos inovadores e customizados. Uma integração de sistemas internos e externos, com a convergência tecnológica TI, Automação e Mecânica, na qual robôs fazem parte das atividades do processo, trabalhando lado a lado com homens e dividindo tarefas.

Será isso possível?

Se os processos estão sendo modificados, precisamos imediatamente pensar na mudança de perfil do profissional que irá atender a essa nova exigência das fábricas do mundo inteiro.

A Alemanha já caminha nesse processo desde 2013, mas o que dizer do Brasil? Como as empresas estão se preparando para esse desafio?

As perspectivas podem não ser favoráveis quando pensamos em profissionais que necessitarão exercer funções de maior qualificação técnica, considerando que a maioria dos futuros trabalhadores das indústrias serão oriundos da rede pública de educação, cuja gestão é conhecida por ser ineficiente devido aos baixos índices nos resultados de proficiência, com a constatação de pouca qualidade e notória desarticulação.

Como se não bastasse a exigência de uma qualificação técnica de excelência, o desfavorável momento de crise econômica brasileira que ultrapassa os aspectos financeiros exige que o profissional também se dedique a uma contínua  aprendizagem, uma vez que terá que participar de um processo cada vez mais colaborativo, com ênfase na inovação, criatividade e muita curiosidade para se manter antenado e participativo, imerso num contexto produtivo, precisando estar aberto e flexível às constantes mudanças.

Para atender aos desafios da indústria 4.0 será preciso implantar práticas mais modernas de gestão, visando a formação de uma geração engajada e comprometida com novos aprendizados, processos diferenciados e melhores resultados.

Nas empresas, o RH está se mobilizando para oferecer aos seus executivos o trabalho do coaching como um apoiador para enfrentar desafios complexos. Novas metas precisam contemplar um horizonte ainda desconhecido, e somente um profissional com competências e técnicas específicas poderá trazer reflexões importantes para esse profissional se reposicionar e impulsioná-lo a construir metas aderentes e alinhadas ao nosso cenário mundial.

O modelo educacional brasileiro também terá que assumir o compromisso premente de mudanças para contemplar o desenvolvimento das competências da matemática, das ciências, da robótica, da programação e das oficinas tecnológicas no currículo das escolas desde as séries iniciais da educação básica.

Metodologias como o Design Thinking na condução de projetos no trabalho multidisciplinar, poderão apresentar resultados efetivos para as escolas que precisam de urgentes transformações nas suas propostas.

Uma coisa é certa, todas poderão melhorar por meio de novos aprendizados com dedicação, empenho, investimentos direcionados e persistência. É necessário persistir e investir numa vida profissional mais gratificante e não excludente, da qual todos têm direito de usufruir para sentirem-se plenos e realizados.

Como diz o educador Vítor Paro "o homem como sujeito é detentor de vontades, aspirações, anseios, interesses, expectativas que precisa para realizar-se historicamente, relacionar-se com outros homens portadores dessa mesma condição de sujeito."

Coaches, despertem os profissionais para assumirem uma nova postura. Transforme o ambiente monótono e improdutivo em um local dinâmico, focado e criativo.
 
Sejamos, portanto, os sujeitos que protagonizarão essa história, firmando o compromisso com a transformação, criando motivação e valorizando uma cultura receptiva ao novo.



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