Todo mundo tem seu tempo e o momento certo para que as coisas aconteçam. Quando é a hora certa de tentar? Devo esperar minhas férias para começar a estudar? Para testar um trabalho voluntário? É o melhor momento de deixar meu trabalho atual? Você verá que para este ponto não existe uma ferramenta específica.


O quando não é algo que se descobre, tão pouco será um estalo ou uma certeza absoluta. Isso porque o quando é uma opção, é uma decisão. E a noção que se tem de tempo nunca está correta.

 

Afinal, quando é a hora certa? As condições nunca serão perfeitas. Você encontrará muitos elementos, oportunidades, tendências, padrões, etc. No entanto, no fundo, caberá a você a decisão sobre quando fazer algo a respeito. E você só vai tomar essa decisão quando se sentir pronto, e só se sentirá pronto quando estiver desenvolvido seus recursos e souber, dentro de si, que fez tudo que podia para alcançar o que deseja.

 

Se você já assistiu ao filme A última Cruzada verá uma analogia ao que pretendo explicar.

O personagem principal Indiana Jones está procurando o Santo Graal (que teria propriedades capazes de curar seu pai) seguindo as dicas deixadas por seu pai em um caderninho.


No final, já próximo do Graal, o personagem tem que enfrentar 3 provas para mostrar seu mérito. Na 3ª prova ele tem que chegar ao Templo onde está o Santo Graal, mas há um abismo separando o local em que ele está e a entrada do Templo. É impossível pular devido à distância. Ele está tão perto de sua meta e, ao mesmo tempo, tão longe.

 

Ele olha de novo para o caderninho e lá vê um desenho explicando como ultrapassar o abismo:  um homem atravessando o desfiladeiro, caminhando no invisível, enquanto os homens sem fé caem no abismo.

 

Ele então coloca a mão direita no coração, fecha os olhos e coloca o pé direito na direção do vazio. Quando seu corpo começa a fazer um movimento de queda, ele pisa em algo. Nesse momento, percebe que havia uma passagem, mas uma ilusão de ótica fazia parecer que não existia nada, somente o abismo. Então, ele passa pelo abismo e encontra o Santo Graal que salvaria a vida de seu pai.

 

Sören Kierkegaard dizia que o salto da fé é uma expressão utilizada para explicar a ruptura do estado ético para o estado religioso da existência. O ser humano que se encontra no estado ético se depara com o arrependimento e com a certeza da morte.

 

Por meio da autoanálise, no entanto, torna-se possível o salto. Chama-se salto, pois é uma ruptura de uma antiga atitude perante a vida, para outra (religiosa). E não apresenta nenhuma garantia racional para o indivíduo, por isso mesmo seria sua salvação.

 

Meu objetivo aqui não é dizer a você que deve se apegar à religião neste momento, nem que não deve. Quero dizer que não há receita ou momento certo para escolher o quando é  adequado saltar. 

 

Nem mesmo há um check-list do que fazer para chegar nesse momento. Somente você saberá quando estará preparado, quando fez tudo o que deveria e está pronto a dar o seu próprio salto de fé e caminhar em direção a sua meta.




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