Por que você faz tudo o que faz, da forma que faz, quando faz, onde faz, a quem faz, com quem faz?

A motivação é sua. Você a controla, acreditando nisso ou não. Cabe a nós a reação em relação a qualquer situação e circunstância.

Isso também implica em nos motivar ou não para a ação, em toda e qualquer situação e circunstância.Escolha pelo que acordar, pelo que lutar, pelo que viver, pelo que morrer.

Se o propósito for construído e se a construção foi feita a contento, já será uma ótima fonte de motivação.

O nosso comportamento tem sempre uma motivação. Se você conseguir identificar o que motiva o comportamento, você compreenderá o comportamento.

Logo, se puder satisfazer a motivação, você administrará o comportamento.

Mas como fazer isso?

Os seres humanos podem ser movidos tanto pelo prazer, quanto pela dor. Alguns mais para um lado do que para outro, mas, em geral, a maioria se motiva visando fugir da dor, o que é uma armadilha.

Um exemplo disso é a estratégia de ensino das escolas mais tradicionais, quando, em geral, há uma motivação externa para aprendizagem: agradar o professor, fugir da dor da reprovação e não tirar notas baixas.

Se a motivação proporcionada fosse interna (curiosidade, aprimoramento, querer saber mais) o resultado seria bem diferente. Mas essa motivação interna não é de cada um?

Sim, mas as escolas deveriam ensinar as crianças a se motivar, pois assim dariam muito mais sentido ao seu aprendizado, além de aprenderem mais rápido e com melhor qualidade.

Temos uma capacidade inacreditável de nos acostumarmos a qualquer coisa, inclusive à dor. Isso significa que motivar-se apenas pela dor é uma armadilha, pois podemos facilmente nos acostumar a ela.

E em relação ao benefício da motivação pelo prazer? Não é mais frutífero, pois igualmente podemos nos acostumar.

O que fazer então? Utilizar ambos.

O que podemos fazer é procurar, ao mesmo tempo, nos motivar para fugir da dor em direção ao prazer, não apenas fugir da dor e nem apenas buscar o prazer.

Isso porque nada possui relevância se não comparado a outra coisa.

A habilidade de fazer comparações e verificar diferenças, padrões, utilidades, destaca os seres humanos dos demais animais. Essa habilidade faz com que, de noite, ao invés de focar no escuro, foquemos nas estrelas, sem desprezar que a noite está escura. Assim como, de dia, observamos as sombras em comparação ao dia claro.

Só sabemos que algo é claro porque conhecemos o escuro e vice-versa.Ou seja, extremos, quando comparados, fazem com que tenhamos a noção de um pelo outro, o claro pelo escuro, o forte pelo fraco, o grande pelo pequeno ou o útil pelo inútil.

Pense sobre o que você não quer na sua vida, no trabalho, nos relacionamentos, e isso para te motivar, tanto quanto à busca pela realização de seu propósito e suas metas, e tudo o que eles proporcionarão a você.

Fazendo isso, verá o quão mais intensa e relevante será a sua motivação.

Uma pessoa motivada procura excelência

Excelência vem do latim excellens que significa "aquilo que vai além". 

Isso significa que quem está motivado faz mais do que a obrigação, ou seja, tem a obrigação como início e não fim em si mesmo.

A principal causa da desmotivação é a ausência de reconhecimento.

Ela ocorre quando perdemos a energia para fazer algo que julgamos não valer mais a pena.

Daí mais uma razão para a construção do propósito e de motivar-se não apenas pela dor, mas também em busca do prazer.

É importante que você se motive, pois, o mundo precisa do seu melhor trabalho.

É saber que um dia vamos morrer que nos leva a fazer o que fazemos, mas não só.

A noção do escoamento do tempo nos faz nos movimentarmos, nos cuidarmos e querermos melhorar.

E o propósito conjuga tudo isso, quando te ajuda a entender o que você quer fazer da sua vida, o que quer deixar, que mundo quer construir.

Mas de nada adianta estar motivado o suficiente se não houver organização de suas ações.




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