Atualmente, é comum escutar em vários lugares, seja no bate papo com os amigos, na mídia, em palestras motivacionais e, principalmente, no meio corporativo, a palavra “proativo”.

Normalmente essa palavra é utilizada para retratar aquelas pessoas que não esperam algo acontecer para executar uma ação, são aquelas que tomam a primeira iniciativa, e que fazem algo que precisa ser feito, sem quem ninguém peça, elas tomam a frente da situação. Todas essas definições estão corretas, porém, ser proativo de fato, significa muito mais do que tomar uma iniciativa.

Para entender melhor esse conceito, é preciso entender o que chamamos de modelo reativo, que é o oposto da proatividade, enquanto na proatividade fazemos a coisa acontecer, quando somos reativos, o que fazemos é reagir a algo que aconteceu.

A proativade mais importante que podemos acessar para uma vida plena é a do tipo “interna”. Ela consiste em dominar um impulso, por meio de sua própria essência, ocorre quando agimos em todas as esferas da vida com base em nossos princípios.

Todas as vezes em que recebemos algum estímulo externo, entre esse estímulo e a nossa resposta existe a liberdade de escolher qual resposta daremos. E, para dar essa resposta, podemos usar a autoconsciência, imaginação, consciência e nossa vontade independente – eis o habitat da proatividade. Quando respondemos a algum estímulo acessando esses recursos internos, a resposta será baseada em nossos próprios princípios, ou seja, a resposta é: como desejamos que seja nosso estilo de vida.

O modelo proativo é composto pelo estímulo, liberdade de escolha e resposta, seguindo essa ordem.

Por exemplo: ao chegar ao trabalho, ocorre a seguinte situação:

Você está feliz e bem humorado, até que se dirige a um colega que está em uma situação oposta a sua, você o cumprimenta e o trata bem, mas ele é extremamente grosseiro (estímulo), seu dia que estava ótimo pode começar a ruir caso você se deixe influenciar pelo mau humor e a grosseria de seu colega – e se começar a tratá-lo da mesma forma, sendo rude mal educado (resposta).

Eis um estilo reativo, pois houve uma reação ao mau humor do colega. E o pior, a felicidade e o bom humor acabaram, e agora, ao invés de um mal humorado, são dois: a energia negativa se espalha por todo o local. No modelo proativo por mais mal tratado que seja (estímulo) como nesse exemplo – lembrando que entre o estímulo e resposta existe a liberdade de escolha e você pode agir diferentemente não estragando seu dia – faça as seguintes perguntas a você mesmo:

“Quero estragar meu dia?”; “Quem é o responsável por minhas ações?”; “Gosto de ser grosseiro com as pessoas?”; “Se for grosseiro de volta, a situação vai voltar à normalidade?”; “Vou deixar que tirem a minha felicidade ?”.

Ao fazer essas perguntas, usamos os recursos dentro da liberdade de escolha e, com certeza, a resposta ao estímulo negativo será diferente, pois a conclusão será de que não devemos agir conforme o outro, não é a grosseria alheia que vai estragar a sua felicidade, sua boa educação, e piorar ainda mais as coisas. Dessa forma passamos a ser proativos internamente e passamos a agir de acordo com nossos valores e não de acordo com os valores dos outros. É um exercício de libertação que deve ser treinado e aprofundado, pois não se aprende isso de dia para a noite, porém temos a oportunidade de treiná-lo todos os dias, o tempo todo.

Nós, seres humanos temos a mania de culpar terceiros por nossas reações. A culpa da nossa irritação e grosseria nunca é da nossa própria vontade, mas sempre porque alguém fez algo e que nos deixou assim, esse é um estilo de vida reativo – acaba sendo mais fácil reagir do que agir. Porém ao adotar um estilo de vida proativo temos a plena consciência de que, independente da situação, vamos agir conforme nossos princípios. É sentir que estamos no comando da nossa própria vida e, mesmo diante de alguma adversidade, ao acessarmos esses recursos internos, teremos sempre a certeza de ter tomado a melhor decisão, que é a baseada nos nossos princípios, no que julgamos importante.

Tenho acompanhado nos processos de Coaching, alguns coachees experimentando essa experiência libertadora, e assumindo o controle de suas vidas. Ao invés de se deixar levar, eles tomam a frente e assumem suas responsabilidades e conseguem resultados extraordinários adotando um estilo de vida, de fato, proativo!



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