John Kennedy, enquanto Presidente americano, disse em um dos seus discursos que a palavra “crise”, em chinês, é um ideograma formado pela junção de dois outros – um negativo, perigo, e um positivo, oportunidade. E dessa forma ele injetou ânimo em muitos eleitores. De igual modo, muitos palestrantes se valem dessa significação para motivar pessoas, times, organizações e governantes. No entanto, não é de hoje que sabemos que essa atribuição ao termo, em chinês, é tão verdadeira quanto os colares que se vendem em camelôs chineses. A tradução da palavra do chinês fala de “perigo crucial”, apenas. Nada de positivo.

Por outro lado, há muito que aprender com a origem da palavra “crise” aqui mesmo, na Língua Portuguesa. O vocábulo chegou até nossa Língua através do latim “crisis” = “momento decisivo”, no séc XVIII, e começou a ser empregado na medicina, para designar o momento exato da evolução de uma doença em que ela se define entre o agravamento – e a morte – ou a cura – e a vida.

Logo, mesmo que a lenda, ainda mais disseminada através do discurso de Kennedy, tenha sido desmentida, não precisamos atravessar o mundo em busca de ressignificação para a palavra ou para a circunstância que ela representa. Em nosso próprio idioma, a palavra “crise” já carrega a etimologia do momento crucial, que antecede a derrocada ou o sucesso, a falência ou renascimento, a desistência ou inspiração, o não ou o sim, o negativo ou o positivo. Ela – a crise – não é um fim em si mesmo.

Quando a crise se instala, é mais comum não sabermos o tempo de sua duração, mas podemos escolher se vamos assistir, passivamente, seus efeitos, na torcida para que seja um antecedente de boas notícias, ou se faremos algo a respeito. Nossa passividade e conformismo não afetarão a crise, enquanto ela nos afeta diretamente. Nossas ações podem não acabar com a crise instantaneamente, mas, certamente, diminuem e até aplacam seus efeitos sobre nós, pois isso está em nossas mãos. Não podemos nos apropriar de todos os fatores externos, mas devemos tomar o controle dos fatores que dependem de nós, e, muitas vezes, as formas como somos afetados são de nossa escolha.

Quando ficamos doentes – em crise – procuramos um médico, tomamos remédios, não ficamos esperando que os sintomas desapareçam por si só. Você já parou para pensar que é muito mais fácil acatar a recomendação médica de descansar do que a recomendação de fazer exercícios? A maioria de nós, quando fica doente, por mais ansioso e ativo que seja, entende que o repouso faz parte da superação. No entanto, quando se trata de fazer exercícios para cuidar da crise, não conseguimos encontrar tempo, recursos ou vontade para fazer. Contudo, já sabemos que exercícios, diferente dos remédios, são, além de combatentes, preventivos contra doenças!

Agir em meio à crise é uma arma poderosa para a superação, além de ser também uma forma de prevenção contra novas crises e de nos tornarmos mais resilientes quando elas são inevitáveis. O momento é decisivo, como a Língua Portuguesa indica, mas nós podemos fazer parte da decisão final.

Quando a crise – anunciada ou não – nos afeta, faz-se necessário mudar nossos comportamentos e nossas metas e nem sempre estamos preparados ou instrumentalizados para isso! O Coaching é o processo que apoia a pessoa na identificação e alcance de suas metas, considerando um prazo determinado, característica comum de uma crise.

Faça Coaching e supere a crise!



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