Conversando sobre o acréscimo significativo de demissões no país e o atual cenário de crise, percebo o quanto tem se dado mais atenção ao medo e ao problema do que para as possibilidades e as possíveis soluções. Quando o ser humano começa a focar no problema, dando combustível para o medo, o resultado é o fator paralisação, e consequentemente o desespero bate à porta. Se dermos atenção a esse método falido, não sairemos do lugar e, consequentemente, não perceberemos as várias possíveis oportunidades. 

Levantando aqui a máxima da ideia de “enquanto uns choram, outros vendem lenços.”, convido você ao exercício da mudança de foco e da experimentação de um olhar otimista para a solução e para as possibilidades existentes. Supondo que você esteja na lista dos demitidos ou na “fila de espera”, eu pergunto, vai continuar parado olhando para a demissão ou para possibilidade de ser demitido, ou vai escolher descobrir dentro de si novas alternativas e possibilidades para se reinventar? Em momentos de crise, há muitas oportunidades para a criatividade e para a redescoberta de si mesmo, afinal, não nascemos sendo profissionais, a nossa carreira é construída, e pode ser reconstruída sempre e de acordo com as necessidades/possibilidades.

A inteligência humana quando voltada para adaptação é fantástica, basta ter estímulos e o indivíduo inventa algo novo, se adapta as novas circunstâncias e cria novas realidades. Vemos desde o início de nossa existência na terra, a descoberta do fogo, a invenção da roda. Fomos das carroças puxadas por animais à carros que só faltam voar. E quando se trata de tecnologia, em pouquíssimos anos deixamos as cartas escritas à mão para a comunicação globalizada na palma da mão através de smartphones. Somos ou não somos capazes de inventar e inovar? Dentro de si, cada um carrega uma infinidade de possibilidades, basta acreditar e fazer acontecer. Não é possível que um momento de crise seja paralisador de nossas atitudes, devemos usar essas circunstâncias para criar meios alternativos para vencê-la!

Aqui, gostaria de deixar algumas perguntas para reflexão:

O que eu quero para minha vida hoje?

Ficar parado me leva a algum lugar? Então o que eu tenho que fazer?

Que sentimentos é preciso cultivar para enfrentar o momento de crise de maneira otimista?

O quanto estou comprometido a tomar as rédeas da minha vida com a decisão de enfrentar e vencer?

O que traz mais tranquilidade ao meu emocional: reclamar e me lamentar, ou procurar possíveis soluções de maneira otimista?

O que eu poderia fazer para ter um diferencial que fizesse com que, mesmo em um momento de crise, profissionalmente eu fosse mais notado e requerido?

Quais habilidades eu poderia adquirir e que atitudes teria que tomar para que esse momento fosse vivido com mais inteligência emocional?

O que eu faço muito bem, além da competência profissional que tenho, que poderia me render recursos enquanto não consigo recolocação no mercado de trabalho?

São perguntas nessa linha que precisamos nos fazer, perguntas que nos fazem focar no positivo, nas possibilidades e na solução.

Vamos ser a turma que vende lenços! A turma que aproveita o momento para enxergar as necessidades e então oferecer uma solução para elas! Eu sei que é difícil o momento da perda de um emprego, sobretudo por compromissos assumidos e pelas contas que continuarão chegando. Mas, elas precisam ser pagas e a vida precisa continuar, por isso, encontrar um meio de se reinventar é a solução. Isso não se alcança reclamando ou abaixando a cabeça.

Crise se vence é com trabalho, força de vontade, foco e otimismo. Não nascemos os profissionais que somos não passamos toda a nossa vida dentro da empresa em que estivemos, ou estamos. Tornamo-nos o que somos porque um dia nós acreditamos que era possível enfrentar uma entrevista e conquistar o cargo. Por que não seria possível fazê-lo novamente? Por que não é possível também descobrir uma maneira alternativa de se realizar pessoal e profissionalmente, mesmo que não seja da maneira que fizemos até hoje?

A proposta aqui não é determinar o que é certo ou errado, mas sim o que é mais produtivo e mais adequado para fazer com que vençamos esse momento em que nos encontramos de maneira inteligente, tranquila e produtiva. Todos os recursos para a escolha de como enxergaremos e reagiremos às circunstâncias à nossa volta, está dentro de nós. Se iremos enfrentar com a cabeça erguida e foco na solução e possibilidades, ou se abaixaremos a cabeça nos dando por vencidos. Eu prefiro a primeira opção! Eu sempre digo que o modo como enxergamos o mundo, define a nossa maneira de viver, então lhe pergunto: de que maneira você quer viver a vida e enfrentar a crise?



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