“Os hábitos, dizem os cientistas, surgem porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço.” Charles Duhigg
 
Diariamente tomamos decisões, aparentemente sem pensar, como se estivéssemos no piloto automático. Pense nas três primeiras coisas que você fez ao acordar: Levantou ou ficou sentado na cama? Pegou o celular? Foi ao banheiro? O que você fez ao sentir o cheiro do café pela manhã? E quando pegou o carro, qual pé você colocou primeiro nos pedais? Lembra de como era difícil dirigir um carro na autoescola? Atenção aos pés, retrovisores, tamanho do carro, a força ao pisar no acelerador e vários outros movimentos que precisávamos pensar antes de sair com o veículo. Após algum tempo isso acontece sem que possamos perceber.

A resposta a essas ações são decisões que tomamos diariamente, porém para poupar energia nosso cérebro transforma nossas decisões em hábitos e, assim, quando percebemos não estamos mais decidindo, mas simplesmente executando as ações previamente definidas. 

O problema é que muitos desses hábitos são ruins para nossa vida, prejudicando a produtividade, saúde, roubando um tempo precioso que poderia estar sendo usado para nos ajudar a conquistar nossos objetivos.

Estudos no MIT - Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, apresentaram uma importante descoberta sobre os hábitos e são apresentadas de forma bem didática no livro “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg. O hábito é desenvolvido a partir de três fases:

Deixa (ou gatilho): Estímulo que indica ao cérebro qual rotina deve ser iniciada;

Rotina: Ação praticada em busca de uma recompensa;

Recompensa: Sensação que fez o cérebro perceber a necessidade em memorizar este processo.

Sabendo como esse processo funciona podemos criar novos e bons hábitos, modificando aqueles ruins.

Comigo aconteceu durante um processo de reeducação alimentar, em que tive que incluir saladas nas refeições, pois devido ao um problema gástrico minhas opções reduziram muito. Não comia salada por simplesmente não gostar, mesmo sabendo de sua importância para saúde. E por três meses esse novo hábito positivo foi inserido, infelizmente através de uma necessidade médica, mas do qual me beneficio ainda hoje.

Charles Duhigg nos apresenta um método para que possamos criar novos hábitos e, neste caso, podermos escolher aqueles que nos ajudam a atingir nossas metas e realizar nossos sonhos.

Primeiro determine a rotina que deseja executar, como por exemplo, correr. Depois determine quais gatilhos que farão que você inicie essa rotina. Pode ser uma rotina simples, como o toque do despertador, calçar o tênis, ouvir uma música específica. O importante é você determinar que esta deixa te estimule a sair para correr. E, ao final desse processo, tenha a sensação positiva de sua recompensa, como a sensação de bem-estar, dever cumprido, estar mais perto da sua meta.

Com o passar do tempo, este ciclo se tornará cada vez mais automático, criando, então, uma antecipação. A espera pela recompensa acontece antes de realizar a rotina, quando o cérebro identifica o gatilho. Assim, a cada anseio pela recompensa colocamos o ciclo do hábito em movimento e a nova rotina é executada.

Perceba que durante o texto falei sobre sonhos, objetivos e metas. Tão importante quanto ter um bom hábito é saber para que este hábito está sendo inserido na sua vida, tendo em mente a clareza de onde você quer chegar e qual é o objetivo desse hábito. Saber quais são suas motivações é que farão este ciclo do hábito girar virtuosamente.



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