Se tem uma profissão comum no mundo, é a de juiz. Para conferir se isso é verdade, basta ver a frequência com que somos julgados. É o tempo todo. Há pessoas que são viciadas em julgar. Para identificar alguém assim, basta olhar a casa do cidadão. Geralmente não tem espelho.

Esse tipo de “profissional” é um privilegiado. O organismo é diferenciado. Para não ter problemas de saúde, por exemplo, basta tomar um único cuidado: não morder a língua. Se isso acontecer, aí a morte é rápida. O veneno se espalha de maneira instantânea.

Se você não puder visitar a casa de uma pessoa para conferir se tem espelhos, há outras formas de identificar se é juiz. Uma característica é que a opinião dela é sempre contrária. Se o julgado está acima do peso, é ruim. Se perde peso, exagera na academia.

O interessante é que há uma maneira de congelar, momentaneamente, um indivíduo assim. Basta contar uma notícia boa a seu respeito. Faça o teste! O truque dá certo até mesmo sob sol forte. O efeito colateral é que, depois de descongelar, os julgamentos são mais intensos.

É engraçado. O juiz age dessa forma e te afasta. Depois, reclama que você se distanciou. É um caso sem solução. O julgado precisa cuidar para não interromper o caminho para o sucesso por causa de gente assim. Não vale a pena. É preciso seguir em frente.

Se você prosseguir, o indivíduo vai achar defeito. Se desistir, vai dizer: “Eu sempre soube que o fulano não daria em nada”. Sabe aquela história de fazer do limão uma limonada? Casos como esse devem ser transformados em um show de humor. Rir é o que nos resta.

A lição que isso nos traz é que não adianta dedicar tempo e saúde para convencer gente assim sobre suas qualidades. Quando o encontro é inevitável, faça o que estiver ao seu alcance e ponto final. Agir naturalmente é a melhor maneira de ter menos energia sugada.

Essa é mais uma oportunidade para citar a maravilhosa frase de John Wooden: “Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é, reputação é apenas o que os outros pensam que você é”. Na mosca!

Existe uma tristeza muito grande por trás do vício de julgar os outros o tempo todo. Uma análise mais profunda vai nos trazer prováveis motivos pelos quais alguns indivíduos agem assim. É por isso que são dignos de pena. Fazer esse diagnóstico é importante.

O que mais me impressiona é que há pessoas que alimentam esse tipo de relação tóxica. Isso ocorre quando dois “juízes” são “amigos”. Juntos, falam mal de toda a torcida do Flamengo. Separados, soltam veneno um contra o outro. Inacreditável!



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