Segundo Adriana Torres, “podemos definir Liderança de Alta Performance como uma forma de os líderes criarem condições para que eles e seus liderados aprendam a se autoconhecer e usem todo seu potencial para alcançar excelentes resultados no âmbito pessoal e profissional” (TORRES, 2014, p. 17). Uma das ideias principais da proposta da Liderança de Alta Performance é que a relação não é estabelecida pelo poder e força, mas de uma confiança desenvolvida entre a equipe de tal maneira que todos se responsabilizem pelas suas funções. Este objetivo não é fácil, mas é possível, através de ferramentas de Coaching, aplicadas por um Líder de Alta Performance.

No entanto, o primeiro passo para a Liderança de Alta Performance deve ser dado pelo líder, fazendo sua autoliderança. Desenvolvendo suas competências, virtudes, conhecendo seus pontos fortes e fracos, seus valores e acima de tudo, cumprindo bem sua função no ambiente corporativo. Esta ação dará a este líder, credibilidade para desenvolver uma Liderança de Alta Performance, e seus liderados serão colaboradores de uma obra maior, na qual, também serão beneficiados. Pois o Líder de Alta Performance, desenvolver as competências pessoais e as de sua equipe. Visa benefícios de senso comum, não simplesmente os seus, o somente da organização.

A liderança em qualquer ambiente é papel de suma importância, pois está intimamente ligada ao sucesso ou fracasso de uma instituição, de uma organização, de uma empresa, de uma carreira, etc. A liderança no Coaching, “é a habilidade de influenciar pessoas a trabalharem entusiasmadas visando atingir objetivos para o bem comum”. (TORRES, 2014, p. 19). Onde há uma boa liderança, há bons resultados.

Fica evidente que não há mais espaço para chefes a moda antiga. Para melhor compreender a diferença entre um chefe e um líder, Adriana Torres explica: “Um chefe tem a autoridade para mandar e exigir obediência dos elementos do grupo porque muitas vezes se considera superior a eles. Um bom líder aponta a direção para o sucesso, exercendo disciplina, paciência, compromisso, respeito e humildade” (TORRES, 2014, p. 19). O modelo chefe pode ter funcionado, mas hoje não mais. E as empresas precisam desta compreensão.

Os tempos atuais são de alta competitividade, correria, cobranças extremas, exigências incontáveis, e ao mesmo tempo, ausência de mão de obra qualificada. Gregório Ventura aborda esta realidade e afirma que “urge a necessidade de líderes maduros, equilibrados e que tenham uma visão clara, que inspire as pessoas. Para se atingir a essência da liderança, é preciso investir no seu autoconhecimento, identificando seus pontos fortes, suas características, sua maneira de se comportar em diversas situações, seus pontos a melhorar e, sobretudo, conhecer em quais aspectos de comportamento é preciso exercer a flexibilidade, que é um dos fatores-chaves do líder iluminado” (VENTURA, 2011, p. 177).

Segundo José Osvaldo de Oliveira, “são os bons lideres que garantem a estabilidade das empresas, a boa estrutura familiar, a governabilidade dos poderes públicos e a evolução positiva da sociedade” (OLIVEIRA, 2011, p. 235). Fica evidente que a competência para liderar pessoas é um dos maiores valores de uma organização. Mas, precisamos entender que vivemos entre um abismo entre a liderança do passado e a nova liderança. A liderança do passado “era um tipo de liderança ditadora, que exercia o poder pela força e pela punição” (OLIVEIRA, 2011, p. 235). Esta liderança serviu durante um certo tempo, mas na atual conjuntura, não surte mais efeitos positivos. Oliveira defende que é hora de “reinventar a liderança. É preciso um líder que compreenda de maneira mais profunda seus liderados, assimile com perspectiva a realidade do mundo e, ao mesmo tempo, exercite seu papel de motivar sua equipe para o resultado proposto.

Nesta mesma linha de pensamento, surge a necessidade de desfazer o mito do liderado pronto. As grandes organizações já alcançaram a compreensão que precisam investir da formação e desenvolvimento de seus liderados. O mercado não disponibiliza de tanta mão de obra qualificada e/ou pronta. A ausência desta realidade da necessidade de formação, tem impedido as empresas de crescerem, tardado o desenvolvimento e onerado significantemente os custos. E neste ponto, é que o processo de Coaching se encaixa muito bem para os líderes das organizações, com a contratação de profissionais de Coaching para desenvolver as competências dos lides e num segundo momento de seus liderados.

Cláudia Soledade afirma que “muitas corporações identificaram que é necessário investir e preparar seus lideres para que estes compreendam seus funcionários, para melhor conduzi-los e apoiá-los” (SOLEDADE, 2013, p. 37).

A partir do momento que as empresas estiverem conscientes que a Liderança de Alta Performance é imprescindível para o avança rumo ao sucesso, e que as equipes de maneira semelhante precisam se desenvolver, haverá uma redução de custo significativa em questões como turnover, doença, desmotivação, desperdício de tempo, etc, e as empresas ganharam um salto em qualidade e competitividade no mercado.


REFERÊNCIAS

SOLEDADE, Cláudia in FRANÇA, Sulivan. A elite do coaching no Brasil. São Paulo: SF Publicações, 2013.

TORRES, Adriana in PERCIA, André; JULIANI, Bruno; SITA, Mauricio. Coaching para alta performance e Excelência na vida pessoal. São Paulo: Editora Ser Mais, 2014.

VENTURA, Gregório in FURLAN, Jô & SITA, Mauricio. Ser mais com Coaching: as melhores dicas e estratégias de Coaching para atingir seus objetivos. São Paulo: Editora Ser


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