Autores como o sociólogo Domenico De Masi, autor do livro Ócio Criativo, já se preocupavam no fim do século passado com a quantidade de elementos que nos chamam a atenção e nos fazem passar o tempo alternando entre atividades de naturezas diferentes, sem nos fixamos em nenhuma especificamente. A preocupação de Domenico está principalmente no fato de que se a mente não aquieta a criatividade não aflora.

Esta situação piora a cada dia com tudo o que consideramos importante gerenciarmos: redes sociais, e-mails, mensagens, etc, mesmo estando conscientes de que muitas vezes (cá entre nós, na maioria das vezes) não nos ajudam a nos tornarmos profissionais ou pessoas melhores. Apenas gastamos tempo, ou o perdemos, e deixamos de trabalhar efetivamente em algo que possa gerar valor (material ou psicológico).

Começar uma tarefa e “dar uma paradinha” porque o computador avisou que entrou uma mensagem pode gerar uma grande perda. Este minutinho que você achou que gastaria facilmente se torna uma hora, porque daquela mensagem você entra em um site e depois em redes sociais, aí você resolve compartilhar alguma coisa bonitinha que recebeu, mas que não acrescenta nada para ninguém. Ao voltar para sua tarefa você não sabe mais em que ponto estava e precisa gastar mais tempo para se concentrar, passa 15 minutos e o telefone toca, e mais uma vez você para sua tarefa, e assim caminha a humanidade.

Também é comum as pessoas chegarem com listas irreais de tudo que definiram que “devem fazer” em um dia, sem entender porque chegam atrasadas nos compromissos. Essas pessoas normalmente têm pouca percepção do tempo que gastam com cada tipo de atividade e colocam na sua lista muito mais coisas que efetivamente é possível fazer. Ela já anotou quanto tempo demora em uma atividade ou deslocamento?

Outro ponto a ser questionado com essas pessoas é se a lista do que consideram ser o seu dever fazer e que as deixa sobrecarregadas faz parte realmente do que só ela pode fazer. É uma crença?   

Muitos clientes consideram que podem fazer muitas coisas ao mesmo tempo e que assim eles conseguirão alcançar sua meta. Para esses eu pergunto se já observaram uma pessoa andando na rua e escrevendo uma mensagem. Normalmente ela caminha devagar e escreve devagar. O resultado final seria muito melhor se ela parasse e escrevesse. Na sequência, é bom lembrar que a neurociência já comprovou que o cérebro humano processa uma coisa de cada vez e gasta tempo passando de uma tarefa para a outra. Logo a sensação de que as tarefas são simultâneas não é real. 

E para ter mais produtividade no dia a dia, o processo de coaching pode ser um grande aliado, trazendo foco na solução e planejamento das ações, por exemplo. 

 

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