Digamos que dois atletas de alto nível tenham treinado igualmente e estejam ambos no auge de suas carreiras. Suponhamos que esses mesmos atletas tenham um porte físico semelhante e que geneticamente possuam características muito parecidas. Resumindo: dois atletas fisicamente idênticos. Ao colocarmos ambos, lado a lado, para disputarem quem é o melhor, na teoria, eles empatariam. Mas, na prática, houve um vencedor. Ao questionar o vencedor, ele disse que sempre acreditou que iria vencer, pois havia se preparado muito para isso e sabia que era o melhor do mundo naquilo. Por outro lado, o perdedor disse que sabia que ambos eram iguais, mas que no aquecimento, antes de entrarem pra competir, reparou que seu adversário estava extremamente confiante e isso o fez pensar que talvez ele tivesse feito algo de diferente no seu treino e que, portanto, isso o fez não ter tanta certeza assim sobre o resultado final da competição.
Essa é uma história fictícia, mas que representa o que muitas vezes acontece na vida real, principalmente onde míseros detalhes e milésimos de segundo podem fazer (e fazem!) a total diferença entre ser o campeão ou ser eliminado.
Vamos pegar exemplos reais? Michael Phelps, o maior vencedor olímpico de todos os tempos, venceu Milorad Cavic na final dos 100m borboleta das Olimpíadas de Pequim (2008) por 0,01 segundos de diferença; 0,01 segundos! Naqueles Jogos Olímpicos, Michael Phelps viria a se tornar o maior campeão de uma única edição dos Jogos, vencendo 8 provas diferentes. Tirando os revezamentos (que não dependiam apenas de seus esforços) aquela era a prova na qual sabia que encontraria o maior desafio e queria muito vencê-la, para conseguir quebrar o recorde de medalhas. Ele se preparou muito pra aquela prova! Sabia que precisaria se superar, e foi isso que fez. Quando o músculo cansa, a vontade dá um gás a mais. A famosa força de vontade. Foi essa força que fez com que Phelps superasse Cavic na chegada da prova, lhe dando a tão sonhada medalha de ouro.
Acreditar. Querer. Isso nos dá o algo a mais para que nós busquemos forças de onde não sabemos existir, para que nós superemos nossos próprios limites. Mas estar muito bem preparado é a base para atingir o auge. Sem isso, tudo desmorona.
Daí vem o ditado que diz: para querer vencer é preciso querer mais ainda se preparar. A força de vontade (mental) é um artifício a mais para aqueles que já possuem a força real (física e técnica). Como falei bem no começo: isso aqui não é uma fórmula mágica. Se preparar fisicamente ainda é o primordial para alcançar o sucesso nos esportes. Mas, para superar-se e ser o melhor, se preparar mentalmente é tão importante quanto.
E aí, tanto no esporte quanto na vida, você está se preparando mentalmente para vencer?