Quando era universitária sempre ouvia de meus amigos que importante mesmo era trabalhar em uma multinacional, empresas grandes e nas quais possuíam “nomes” no mercado, porque isso seria bom para o currículo.

Confesso que por um período eu também quis estar nas maiores por uma curiosidade absurda, pois lá parecia que existia o “pote de ouro”.

Comigo aconteceu diferente logo no início entrei mesmo foi em uma pequena empresa de tecnologia que vendia ERP. Eu na época adorava aquele lugar, aprendia sobre tudo e diversas áreas, essa é uma das vantagens de se trabalhar em pequenas empresas, tudo era rápido e se resolvida. Tinha sim seus problemas, mas confesso que adorava tudo aquilo.

Anos foram passando e eu me vi em grandes empresas, e minha vantagem sempre foi que fazia o que amava, gerenciar pessoas e atuar na área comercial, mas confesso que as burocracias e EGOS sempre foi algo que me intrigava muito no meio corporativo. Mas sem dúvida também vivia com essa preocupação, será que isso será bom para meu currículo?

Muitos dos meus amigos, esposo de amigas que trabalhavam em “grandes empresas” e quando eu perguntava e aí como esta indo as coisas na empresa?! A grande maioria dizia “odeio aquele lugar” , mas é bom para meu currículo então tenho que “aguentar”.

Sinceramente refletia muito sobre isso, porque alguém ficaria em um lugar que odeia? seja a empresa grande ou pequena, o que leva uma pessoa a “vender” seu tempo em um lugar que não se enxerga? Simplesmente pelo fato de construir um bom currículo ? Qual é essa motivação que faz com que as pessoas busquem e aceitem isso?

De uns anos para cá, depois de uma viagem de um ano na Austrália, Tailândia e Nova Zelândia, novas culturas, sabores, me submeti a trabalhos tão diferentes dos quais havia deixado no Brasil como cargos gerenciais.

Nesses países trabalhei como: Barista, garçonete, atendente de loja tudo para aprender inglês.

Me vi em uma situação na qual percebi que eu não “era um currículo”, que talvez estas experiências para as empresas não valessem muita coisa quando eu voltasse, mas eu decidi que eu construiria uma história cheia de experiências, um sonho e não um currículo.

Faria cursos, me desenvolveria, viajaria seja lá o que fosse fazer, para construir experiências e aprendizados para meu crescimento intelectual, profissional e espiritual, não simplesmente porque seria bom para o externo.

Decidi que eu viveria simples assim. E foi isso, voltei para o Brasil o que busquei foi fazer o que me trouxesse satisfação pessoal e profissional, direcionei a minha carreira com esse propósito. E confesso é bom demais sentir essa sensação de liberdade de ser quem realmente sou. Não é fácil, dói ser águia, dói crescer, mas vale a pena.

E lembrei dos meus amigos, dos amigos dos meus amigos, que ainda continuam nesta busca desenfreada em simplesmente construir um belo currículo.

Se você encontra-se em uma situação parecida como essa minha dica para você é:

Comece agora a construir sonhos e experiências, descubra QUEM você é, quais são suas paixões aquilo que se o dinheiro não fosse problema você perderia horas fazendo?

Relembre o que faz seu coração vibrar? O que passaria horas e horas desenvolvendo seus projetos? Encontre-se e saia da onde está e construa aquilo que te faz feliz. Só com essa energia na qual agirá com tanta paixão fará que resultados do sucesso e financeiro venham por si só.

Celebre a vida e construa experiências e sonhos e não apenas um bom currículo.

Obrigada por ler.



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