Na hora de decidir, geralmente na época de vestibular para os que poderão cursar uma faculdade, os adolescentes são impregnados com diversos males, desde seguir os sonhos mais improváveis até fazer a escolha com base em pesquisa de mercado para saber que profissional ganha mais. Às vezes dá certo, muitas outras, dá errado. E o que acontece? Acontece com eles a mesma coisa que acontece com os jovens que não puderam sair do ensino médio direto para a faculdade. Eles começam a trabalhar no que aparece. O “acaso” vai fazendo sua carreira. Não tendo planejamento, ou não tendo conseguido entrar na área para a qual estudou, eles aceitam empregos em atividades diversas e vão ficando. Alguns começam a encher o currículo de empregos com menos de um ano de duração, outros ficam com um currículo pequeno com uma ou duas experiências de 18 anos cada.
Nada errado. A não ser pelo fato de muita gente me procurar com histórias parecidas para mudar ou fazer um plano de carreira. É realmente impressionante o número de pessoas infelizes com seu trabalho que não sabem o que fazer para melhorar, porque simplesmente não sabem o que querem. Ainda não sabem o que querem ser quando crescer. O que gostam de fazer, em que são boas, quais qualidades têm? Não sabem responder. Engolidas por compromissos cotidianos, não param para pensar em como poderiam mudar, mas sentem o incômodo.
Curiosamente, muitas pessoas percebem isso quando conseguem juntar uma quantia em dinheiro para pedir demissão ou abrir um negócio. Voltam para o ponto que estavam na adolescência: têm que escolher o que querem. Mas agora são adultas e têm condições de escolher. Mesmo com liberdade e possibilidade de investimento, não há foco.
E o que fazer, então? Pensar, planejar, pesquisar. Criar o hábito de planejar pode ajudar muito. Mesmo que sua situação atual não permita que você faça o que quer da vida profissional, faça planos, discuta consigo mesmo. Pesquise coisas que te interessem, comece a se conhecer. Porque saber o que quer já é mais da metade do caminho andado, é ter algo para seguir, é não ficar mais perdido. E acredite. É muito mais importante e necessário do que ter os recursos para investir.
Informamos que esse texto é de inteira responsabilidade da autora identificada abaixo.