O seriado Full House, no Brasil conhecido como “Três é demais”, encantou as pessoas por oito temporadas, que foram ao ar originalmente entre 1987 e 1995. O programa conta a história de um pai, Danny Tanner, que pede a ajuda do cunhado e do melhor amigo para cuidar das filhas.

Full House significa “casa cheia”. Em 2016, o provedor de filmes e séries Netflix lançou Fuller House, cuja tradução é “casa mais cheia”. Trata-se da continuação de “Três é demais”, 29 anos depois da estreia da primeira versão. É emocionante ver o reencontro dos personagens.

Nos estudos sobre sucesso e mundo corporativo, dizemos muito que as conquistas do passado não garantem um futuro promissor. É verdade. Afinal, não podemos sentar sobre glórias antigas sem agir para que novas vitórias surjam. Devemos permanecer atentos.

Quando o triunfo é consistente, porém, é inegável que aquilo serve para sempre. Um ator que ganhou o Oscar trinta anos atrás será sempre um ator ganhador do Oscar. Um time campeão da Libertadores e do Mundial será sempre lembrado por isso.

Conquistas sólidas formam uma base importante. Se você caprichar, pode usufruir para sempre. Os fãs foram à loucura quando anunciaram a reunião do elenco do seriado Friends. O mesmo aconteceu no momento em que a formação original da banda Guns N’ Roses ressurgiu.

Iniciativas que homenageiam o passado mexem com a emoção das pessoas. Elas resgatam belas memórias. Lembrei-me de memes que circulam pela Internet. Mostram desenhos dos anos 90 e uma frase que diz, mais ou menos, assim: “Minha infância foi foda”.

É preciso ter bom senso para usar bem as vitórias do passado. O risco é grande quando lançamos 535 sequências de Rocky ou de Loucademia de Polícia. O lucro imediato não pode ser a única razão para a tomada de decisões. Fã que é fã reconhece roteiro escrito às pressas.

A primeira temporada de Fuller House cumpriu o objetivo. Aproveitou bem o alicerce que havia sido construído. A pergunta que tenho para fazer é: o que você já fez que pode servir daqui a 30 anos? Que grande vitória é possível colocar em um quadro para admirar?

Se não houver resposta, saiba que nunca é tarde para escrever uma nova história. Aos 63 anos, em 2015, Joaquim Corsino se formou em Direito. Ele é pedreiro e pedalou 42 quilômetros por dia para estudar. E ainda há quem diga que está sem tempo para ler.

Sempre temos tempo para o que é prioridade. Fiquei apaixonado por uma frase que tem circulado pela Internet. Ela afirma: “Treine enquanto eles dormem. Estude enquanto eles se divertem. Persista enquanto eles descansam. E, então, viva o que eles sonham”.



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