Uma realidade da qual não podemos fugir. Conforme pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e Deloitte, divulgada pela Revista Você RH na edição bimestral de abril e maio de 2017, nove em cada dez empresários acreditam que seus negócios estejam ameaçados por novos competidores digitais.

O estudo foi além e mostrou ainda que, aliado a este fato, 70% dos executivos pontuam que as empresas na qual trabalham não possuem a liderança correta nem as habilidades ou modelo operacional necessários para enfrentar essa guerra.

Está havendo um crescimento acelerado na abertura de negócios baseados em tecnologia no Brasil, as conhecidas startups. O mercado está tão promissor que a expectativa é de que esse ecossistema cresça 30% ao ano a partir de 2017.

Que aprendizados podemos extrair dessa realidade?

Nos momentos de crise é necessário muita criatividade, flexibilidade e resiliência para conseguir fazer mais com menos. É também um momento de crescimento para quem sabe enxergar as oportunidades escondidas. 

As startups estão vindo para transformar as relações de produção, prestação de serviços e consumo, com a proposta de entregar projetos inovadores, de qualidade e com menor custo. Estão modificando também as relações de trabalho.

Já as empresas mais tradicionais estão ficando sem espaço para os processos e formas de fazer que sempre deram certo. A estrutura está ficando enxuta, os cargos estão mudando a cada dia e novas profissões surgem em velocidade nunca vista antes. E, hoje, mais do que produtos e/ou serviços, as empresas precisam entregar valor aos seus clientes e consumidores.

Quais empresas sobreviverão a essa onda?

As maiores dificuldades observadas na prática são das empresas que já estão no mercado há mais tempo e já completaram suas primeiras décadas de existência. Muitas dessas empresas identificaram que precisam se reinventar, modernizar seus processos, tornar o ambiente mais colorido e ágil como forma de se manterem competitivas, atraírem e reterem os melhores talentos. Mas, se essas mudanças não forem muito bem conduzidas por um time de lideranças preparado e engajado, as novidades propostas serão facilmente esmagadas pela cultura corporativa existente.

Não basta colocar cadeiras e tapetes coloridos, ter uma sala de convivência e um barzinho bacana, embora isso possa fazer bastante diferença. As pessoas que fazem a empresa acontecer precisam de algo a mais, elas querem se enxergar fazendo parte desse movimento, sentindo-se representadas. É necessário que cada membro da equipe tenha algo chamado percepção de ganho com todo esse movimento, entendendo o tamanho da sua contribuição individual para as transformações do todo. Se o colaborador não conseguir ver o ganho e o impacto da sua contribuição, como se sentirá engajado? Essa matemática não fecha.

Discursos eloquentes caem facilmente por terra diante de uma realidade forte e enraizada. Por isso, as empresas que sobreviverão serão as que encontrarem uma forma de unir as pessoas aos processos de mudança, motivando as equipes por meio de uma comunicação transparente, de uma proposta de parceria, de uma relação de ganha-ganha.

Estamos na era da inovação, da geração Y e no meio de um turbilhão de novidades por segundo. Todos querem surfar nessa onda de oportunidades, mas cuidado para não cair na falsa sensação de inovação, pois, qualquer cultura conservadora é capaz de soterrar as iniciativas de mudanças se as pessoas não compreenderem o motivo das transformações. O importante não é a teoria, mas sim, o que ocorre na prática.

Você e seu perfil profissional estão desenvolvidos para encarar os novos desafios?

A lei é a mesma desde o início da humanidade: sobrevive e evolui o que melhor se adaptar. Não basta estar atento ao futuro, você já precisa estar lá, precisa criá-lo.

Comece fazendo uma pequena análise nas mudanças do mercado de trabalho dos últimos 12 meses para não irmos muito longe. Se for preciso estenda até os últimos 24 meses. Quantas habilidades, competências e comportamentos você precisou desenvolver para desempenhar com maior êxito as atividades do seu cargo nesse curto espaço de tempo? Quais são as expectativas para o futuro na sua carreira? Como você poderia se desenvolver um pouco mais para ampliar seus resultados?

Esteja preparado para as oportunidades antes de elas surgirem. Caso contrário você será um forte candidato a ter "Síndrome de Kodak", que a exemplo da conhecida marca, é símbolo do que acontece com quem deixa a onda da oportunidade passar.
 
Transformações exigem esforço. As decisões definem seu destino!



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