Escrito por Sulivan França - 10 de Janeiro de 2014

Quando se trata de coaching integral, algumas perguntas importantes ainda precisam de respostas. Por exemplo, se um dos objetivos é o desenvolvimento do coachee para estágios superiores, há necessidade de que o coach seja integral, ou tenha uma personalidade integral? A resposta é, ao mesmo tempo, sim e não. Sim, é preferível que ele conheça o caminho que percorre; e não, pois também ele se desenvolve por meio do processo de coaching.

Certamente, não há necessidade de o coach em potencial retardar o início do processo até considerar-se integral; desde que tenha uma visão integral, pode desenvolver-se aos poucos até alcançar um modo de ser integral. A personalidade integral não é comum, mas é possível.

Coaching integral

Parte do propósito aqui é apontar sinais do self integrado, a personalidade integral. O coaching integral é um conjunto de princípios que podem ser aplicados por qualquer um, em qualquer estágio do desenvolvimento.

Um indivíduo que esteja no estágio “e se?” pode viver uma vida integral, trabalhando para avançar suas linhas de desenvolvimento nos quatro quadrantes, sem ter chegado ao estágio “e, e se?”, quando a personalidade integrada tem mais possibilidade de surgir.

Do mesmo modo, o coach integral pode atuar com uma visão integral, incluindo os quatro quadrantes, níveis de consciência, adaptações, etc., e ainda assim não ter completado o próprio desenvolvimento. Vários elementos podem ser reunidos para demonstrar o que significa uma personalidade integral. Aí se incluem senso de orientação, complexidade cognitiva nos relacionamentos, proatividade e estruturas de vida bem formadas.

A capacidade de escrever a própria história de vida – em vez de ser apenas receptor passivo – é essencial como qualidade emergente. É provável que isso comece no nível “e se? completo” (operacional formal completo), mas só se torne inteiramente “real” quando a personalidade se consolidar em um nível integral. Existe ainda a “crescente complexidade na concepção de relacionamentos pessoais”.

Segundo Kolb, a relação com o mundo, no indivíduo dotado de personalidade integral, é “transacional, visto que esse indivíduo é proativo na criação de suas situações e tarefas de vida, pelas quais também é moldado”. Ele percebe, ainda, que as estruturas existenciais espelham a complexidade da personalidade integrada. Essa pessoa tem mais espontaneidade, já que é menos propensa, em seu dia-a-dia, a seguir os conceitos tidos como normais.

O interessante é que, apesar da vida complexa que leva, tal indivíduo experimenta menos estresse do que outro que não possua uma personalidade integrada.

Esse texto possui informações extraídas do livro Coaching Integral: além do desenvolvimento pessoal de Martin Shervington, editora Qualitymark, 2006.

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