Há um trecho da música Iris, da banda Goo Goo Dolls, que diz o seguinte: “E eu não quero que o mundo me veja. Porque não creio que eles entenderiam. Quando tudo estiver destruído, eu só quero que você saiba quem eu sou”. Tenho especial admiração por essa canção.

Essa parte me faz lembrar aquele famoso discurso em que Steve Jobs afirma que não há razão para não seguir o coração. Quando ouvimos aquela voz interior, corremos o risco de que as pessoas ao nosso redor não entendam os nossos passos. Agir requer coragem.

Para Jobs, aliás, lembrar que somos mortais é a melhor maneira de evitar a armadilha de que temos algo a perder. Ele acreditava que nós já estamos desprotegidos. Portanto, se viver já é arriscado, por que não fazer logo o que ama, não é mesmo?

Outra coisa que me chama atenção nessa música que citei é uma bela dose de “deixar rolar”. Essa história de não querer que o mundo nos veja revela uma insatisfação com o monitoramento constante da sociedade em relação às decisões que tomamos.

Isso tem a ver com uma cena do filme Cisne Negro. A bailarina diz ao diretor que só queria ser perfeita. E ele responde: “Sucesso não é apenas sobre perfeição. Sucesso é também sobre deixar rolar”. Basicamente, ele queria que ela relaxasse e entrasse no personagem.

A melhor maneira de “entrar no personagem” é livrar-se do lixo. Trata-se de um conceito interessante que aparece no filme Poder Além da Vida, baseado no livro O caminho do guerreiro pacífico, de Dan Millman. “Lixo” é o conjunto de pensamentos que tiram o foco.

A cena que exemplifica essa questão é uma em que o protagonista foi jogado no lago. Ele ficou irritado, não entendeu a atitude do homem que ensaiava ser o mentor dele. De repente, uma pergunta tornou as coisas mais claras: “No que você estava pensando enquanto caía?”.

Nada. Ele não pensava em nada. Estava apenas naquele exato momento. A dica é que a sensação seja a mesma quando desempenhamos o nosso trabalho. Imagine se o pensamento do médico estiver longe no meio de um transplante de coração! Foco é imprescindível!

Para a escritora e coach Marie Forleo, autora de Deixe os homens aos seus pés, devemos reconhecer quando nosso cérebro está no modo de “proteção de tela”. Neste momento, temos que pressionar uma tecla e voltar para o presente.

Ela relata que esse é um dos motivos pelos quais muita gente não consegue colocar em prática projetos que poderiam mudar a vida para sempre. Quando a “proteção de tela” está ativada, as pessoas só têm capacidade de pensar nas mil razões que vão fazer com que tudo dê errado.


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