Imaginem a cena: várias crianças correndo, brincando e um grupo de adultos conversando sobre nada, até que uma das crianças correndo esbarra em um par de pernas, está vestida de Super-Homem, o adulto se agacha para ficar na altura de seus olhos e lança a célebre frase, e você, o que quer ser quando crescer? A criança de prontidão responde, astronauta! O adulto lança aquele sorriso, diz que ela terá de estudar muito e reflete sozinho, que baboseira de criança.

Essa criança se tornou astronauta? Bem, provavelmente não. Muito bem, sem romantismo por favor, mas se fizermos uma analogia, esse poderia ser o exemplo, de como nos colocamos sonhos que não alcançaremos, mas não é essa a minha dúvida, a pergunta em questão é, porque não os alcançamos?

É necessidade de apoio? Os pais dessa criança com certeza nem sabem como incentivar o filho a ser astronauta. Mas essa é apenas a morte de um primeiro sonho.

Frequentemente nos deparamos com pessoas em nossas jornadas que seguem vidas que não empolgam, vidas que lhe foram “impostas”. E você José, o que queria ser quando crescesse? Queria ser jogador de futebol, que bacana, e por que não o foi? Pois bem, por que não o foi? É muito difícil, mas que ótimo, se fosse fácil que graça teria? Nós gostamos do desafio, do trabalhoso, do inatingível, ele traz consigo uma carga de honraria, uma certa dose de suor, que está atrelado ao orgulho. Não precisa ser jogador de futebol, pode ser bombeiro, bailarina, policial, cinegrafista de paraísos tropicais, o que seja. O ponto de discussão é o porquê vivemos nossas vidas sem seguir nossos sonhos? Por que nos acostumamos a dizer em tom de conformismo o porquê nossas vidas não tomaram o rumo que sonhamos? Pois não é, de certa forma simples, persistir naquilo que queremos? Aquilo que acordarmos de manhã pensando, ou de esboçar um sorriso maroto ao dizermos nosso desejo?

Porque não acostumamos a colher a fruta madura hoje, ontem estava verde e amanhã podre, porque não nos acostumamos com ao famigerado conceito de Carpe Diem. Dessa forma não seria possível aproveitar o desejo pulsante do momento de estar em determinado lugar, de se tornar determinada pessoa, de viver efetivamente um sonho? De no futuro dizer que tinha um sonho. Por que tinha? Porque eu o realizei. E como está hoje? Hoje tenho outros. É utopia, mas é um sonho...



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