Criticar Anitta virou consenso. Quase que uma lei. Quando anunciaram a participação dela na abertura das Olimpíadas, houve um alvoroço. Muitos disseram que isso era um absurdo e por aí vai. Minha percepção é a de que ela deu conta do recado. O evento foi fantástico.

Volta e meia, aparecem na Internet fotos de famosos “antes e depois da riqueza”. E a cantora, é claro, estava lá. Os textos que acompanhavam as imagens davam a entender que a pessoa estava ali sentada, passou um “trem do dinheiro” e, de repente, conseguiu ficar bonita.

Penso, definitivamente, que não é o que ocorre. Pelos estudos de coaching e dos outros assuntos que abordamos nas palestras, é possível afirmar que Anitta decidiu se dar bem na vida. Agarrou o sucesso com as mãos. Ela já se via do jeito que é hoje.

Quem acha que isso é conversa de palestrante, pode assistir à reprise de uma entrevista que ela concedeu ao Jô. Na ocasião, relatou um fato de quando era criança. Quando passou em frente à TV Globo, no Rio de Janeiro, colocou a cabeça para fora da janela e começou a gritar.

Os berros diziam algo como: “Globo, em breve vou estar aí com vocês!”. Na época, suponho, era encarada apenas como uma louca sonhadora. Agora, em 2016, dividiu o palco da abertura das Olimpíadas com Gil e Caetano. E teve excelente performance.

Outra marca de Anitta que mostra que ela decidiu ter sucesso e fez isso muito bem, é justamente a capacidade de receber uma enxurrada de críticas e seguir em frente. O indivíduo que aprende a lidar bem com essa e com outras adversidades tende a colher bons frutos.

Você pode gostar ou não da música dela. Isso é normal. Só acho que o brasileiro precisa reconhecer mais os méritos de quem supera desafios e chega ao topo. Ao comparar o antes e o depois, precisamos admirar o fato de que essas pessoas agarraram o sucesso.

Acredito que é importante evitar olhar para uma imagem e dizer apenas a seguinte frase: “Olha só o que o dinheiro faz!”. Prefiro ficar com o que a espontaneidade de uma criança é capaz de revelar, como no caso de uma menina que vi no supermercado certa vez.

Era o auge do “Show das Poderosas”. Sem pensar duas vezes, a garotinha começou a cantar e a fazer a coreografia. Tinha uns cinco anos. Muito bonitinha. É claro que existe uma discussão sobre se o conteúdo é apropriado para alguém dessa idade, mas aí não é culpa da artista.

Sou fã das mulheres. Acredito que a sociedade tem uma eterna dívida com elas. É por isso que tenho dificuldade de embarcar nessa onda de criticar a Anitta. O que quero mesmo é que as pessoas agarrem o sucesso com as mãos, como ela fez.



Informamos que esse texto é de inteira responsabilidade do autor identificado abaixo.