Uma das missões de um coach é apoiar o seu coachee para que ele desenvolva o seu autoconhecimento de forma a buscar seus potenciais e recursos internos adormecidos e que quando explorados contribuam positivamente no alcance de seus objetivos e metas. Assim, gerar reflexão para o coachee contribui de modo que novas oportunidades e caminhos sejam criados.

Sabemos que na busca de sua meta final, muitos clientes dependerão de outras pessoas as quais necessitarão se relacionar e direcionar tarefas que irão compor suas metas de desempenho. Desta forma, conhecer um pouco mais sobre perfis motivacionais das gerações existentes no mercado poderá encurtar o caminho, uma vez que estes utilizarão estratégias mais adequadas que sensibilizarão mais efetivamente seus relacionamentos. 

Segundo Schwartz, valores representam tendências ou tipos motivacionais vinculados à determinadas necessidades básicas da existência humana como: biológica, ação social, sobrevivência, bem-estar, etc. Para ele, valores são crenças ligadas à emoção e não a ideias objetivas e frias e, quando ativados com ou sem consciência, geram sentimentos positivos ou negativos. 

Schwartz afirma também que valores são um construto motivacional e influem na motivação das pessoas de forma a agir adequadamente. Neste contexto, o autor aponta dez tipos motivacionais que influem as pessoas, e são eles: poder, realização, hedonismo, estimulação, autodeterminação, universalismo, benevolência, tradição, conformidade e segurança.

Baseado na teoria de valores apresentada por Schwartz, escrevi minha dissertação de mestrado fundamentada em uma pesquisa realizada junto a uma grande empresa do setor financeiro, no qual pude chegar a observar algumas conclusões que podem ser utilizadas pelos coaches durante o processo de coaching. 

O estudo buscou identificar dentro dos dez tipos motivacionais elencados por Schwartz a intensidade com que se apresentava para cada pessoa dentro de cada grupo de empregados da organização, os quais foram divididos em grupos conforme a geração que pertencia: X (1965 – 1976) ou Y (1977 – 1997).   

Como resultado final, a pesquisa mostrou que determinados tipos motivacionais apareciam com maior intensidade dependendo da geração a qual a pessoa se enquadrava, ou seja, pessoas da Geração X percebiam com mais intensidade alguns tipos motivacionais, diferente das pessoas da Geração Y, que não percebiam como tão importantes em seu dia a dia.

Então, trazendo para nossa realidade enquanto coach, fica a dica de conhecermos um pouco mais sobre a teoria de valores do autor Schwartz, como opção de podermos traçar um perfil motivacional para nossos clientes e, dessa forma, conhecendo-os melhor, nos auxiliar durante o processo de coaching, uma vez que o coach ao identificar a que geração se enquadra seu coachee terá conhecimento para poder trabalhar com ele e dar um suporte mais eficientemente na busca de seus objetivos.



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