Considerando que o conceito de "multitasking" tem virado característica pessoal desejada por toda uma geração, analiso a hipótese da realização de múltiplas ações/tarefas ser condição primordial para nos aproximarmos verdadeiramente das nossas metas, do nosso propósito de vida e da nossa plenitude. Precisamos de mais ações ou mais percepção?

É fácil observarmos evidências da rápida evolução e mudanças nos hábitos, nos costumes e nas atitudes da sociedade em que estamos inseridos. Podemos entender tais mudanças como resultantes do avanço de tecnologias, da eficiência produtiva, da contínua criação de bens materiais e de comodidades. Sabendo que é por meio de uma série de atividades denominadas AÇÕES que nós, indivíduos, geramos as mudanças produtivas citadas, é natural que o ato de realizar ações tenha sido associado aos conceitos de sucesso, de realização profissional e de felicidade.

Nesse contexto, também se torna natural que o ser humano busque gerar tantas ações quanto o tempo permitir. E vemos jovens, de todas as idades, tentando garantir que se promovam ações não apenas apuradas, mas se possível inéditas e, acima de tudo, impactantes. A garantia disso parece se manifestar por meio da imensa quantidade de ações realizadas em intervalos de tempo cada vez menores, por vezes ações simultâneas e ainda assim contraditórias. É o imediatismo em sua forma mais imediata! A internet e a total globalização gerada por ela nos permitem revalidar este conceito diariamente. "Multitasking" tem se tornado uma característica pessoal cada vez mais desejada, treinada e implementada.

Seria lindo se o resultado de tantas ações gerasse um sentimento de completude (def: s.f. característica, particularidade ou condição daquilo que é ou se apresenta de modo completo; perfeito).

Considerando a quantidade de conflitos e violência produzidos pelos indivíduos de nossa sociedade, torna-se difícil acreditar que o sentimento de completude seja uma condição dominante na atualidade. Frustração, decepção, ansiedade e estresse são sentimentos muito mais comuns, que derivam do grande dispêndio de energia para realizar tantas ações.

Creio que esteja na hora de refletirmos sobre os reais motivos das nossas ações. Melhor ainda, está na hora de focarmos as nossas ações naquilo que realmente é importante para nós. E a condição primordial para que isso aconteça é percebermos os nossos valores, o que genuinamente nos completa e traz felicidade. É a dissonância entre as ações e os valores que impede que a vida avance da forma que gostaríamos.

As Ações são importantes pois apenas elas nos levarão a algum resultado! As Percepções reais são primordiais pois assegurarão que o resultado alcançado seja positivo e relevante!

Existe um processo que provoca novas percepções e as consolida como ações positivas e relevantes, a partir de uma metodologia com alta aplicabilidade. Este processo é chamado de Coaching, faz parte do meu arsenal de competências e é o que eu utilizo para apoiar pessoas em suas jornadas.

Um abraço e até o próximo artigo.



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