Os dias acompanham os ponteiros do relógio. A única certeza que temos, de fato, é que o tempo é algo que passa. Uma pergunta preciosa que podemos fazer a nós mesmos seria: na minha vida, pelo que de fato eu luto?

Todos os dias ao acordar, durante a manhã e tarde, até o momento em que nos preparamos para dormir, de fato, pelo que neste dia lutei para realizar? Essa pergunta não é rotineira e quando a fazemos a nós mesmos, é impossível não parar e pelo menos por um momento, ter este contato íntimo para pensar numa possível resposta.

Por um momento esqueça o seu trabalho ou a procura por um, as pessoas que fazem parte da sua vida, os problemas e possíveis soluções, o dinheiro e tudo o mais e se pergunte: pelo que de fato eu desejo lutar nesta vida?

Já vi muitas pessoas que, ao serem questionadas, marejam os olhos e após momentos ou até períodos de “pensamentos conscientes”, respondem: não sei ao certo.

Sabe aquele vazio que muitas vezes sentimos? Sabe aquela sensação de não pertencer a este lugar ou que nada na vida dá certo? Falando em vida, sabe aquela sensação de que ela não tem um objetivo claro? Vêm do fato de não sabermos pelo que lutar em nosso dia a dia, permanecer em situações e rotinas que não nos acrescentam tendo costumes, crenças e criando paradigmas “corretos para os outros”. Após muito tempo nesta situação, construímos um labirinto cada vez mais distante do centro, onde estaria o “nosso eu verdadeiro”.

Para responder tais questões, é imprescindível parar tudo e ter este reencontro. Voltar neste labirinto e ficar o mais próximo possível de nós mesmos.

Para clarificar o pensamento, todos nós admiramos alguém, que poderia ser um grande empresário, um líder, um esportista, um herói de guerra, alguém que saiu do nada e conquistou muito. Admiramos estas pessoas, porquê? Porque elas conquistaram grandes coisas e se tornaram exemplo para outras. O que estas pessoas tinham em comum? Algo claro pelo que lutavam e acreditavam, direcionando todo o seu foco, sua energia, seus pensamentos e suas atitudes para esta realização pessoal.

“Seus pensamentos tornam-se palavras; suas palavras, ações; suas ações, hábitos; seus hábitos, seu caráter; e seu caráter torna-se seu destino. Por isso, cuidado! Você é aquilo que pensa”. Mahatma Gandhi (1869-1948), que ajudou a libertar a Índia da colonização inglesa.

Nosso eu verdadeiro

Para entender pelo que lutar, para onde direcionar nosso pensamento (energia), devemos voltar pelo labirinto e encontrar o “nosso eu verdadeiro”. Difícil? Depende o que cada pessoa julga como "difícil". O que vejo em muitas situações são pessoas que construíram uma forma externa tão sólida, que não tem coragem de aceitar a si mesma. Não aceitar a si mesmo é passar a vida vivendo por objetivos externos que estão distantes do nosso “eu verdadeiro”.

Como descubro meu “eu verdadeiro”?

No trabalho de Life Coaching utilizamos diversas ferramentas e uma metodologia científica para voltar pelo labirinto até o centro, e daí sim construir uma trilha de vida gratificante. Mas aqui neste texto, podemos fazer um exercício simples, mas ao mesmo tempo impactante. Te pergunto: se tirássemos neste momento seu emprego, sua família, seus amigos, seus bens, seu nome, seu CPF, seus costumes, todas as rotinas e sentássemos num banco, em frente a um belo rio, num lugar calmo e vazio e você exatamente sem nada que faz parte da sua vida hoje (pense em nada), inclusive crenças e paradigmas e eu fizesse novamente esta pergunta: quem é você? O que você me responderia?

A ciência nos diz que a vida humana iniciou na terra após 3,6 bilhões de anos, no período Arqueano. Durante 3,6 bilhões de anos este planeta se preparou para receber sabe quem? Eu e você. Hoje estamos com uma possibilidade preciosa e a terra tem o equilíbrio perfeito para que “vivamos”.

Esta vida pode ser comparada a um livro. Muitas páginas já escrevemos, mas o que muitas vezes esquecemos é que cada novo dia é uma página nova e isso quer dizer que temos muitas páginas vazias pela frente.

Podemos filtrar o que importa na nossa vida (o que chamo de reforma íntima), identificar valores, quebrar crenças e ir além. Direcionar tudo isso para uma visão única, aquele algo pelo que lutar para nutrir todas as áreas e ter a realização pessoal, para que possamos olhar para trás e poder ver as páginas de uma bela história, que ficou como inspiração para outros (as) e dar valor para quem e o que amamos nos amando de verdade.

Eu e você estamos sentados agora, em frente a um belo rio, num lugar calmo e vazio e eu gostaria de te fazer estas perguntas: o que você deseja escrever nas próximas páginas da sua vida a partir de amanhã? Pelo que você deseja lutar? Quais são os hábitos que deseja criar para tornar sua vida plena? O que me responderia?



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