Certa vez, uma jovem profissional fez o seguinte comentário, durante uma conversa comigo: “Meu curso de pós-graduação é muito ruim. Estou fazendo só por causa do currículo”. Essa frase reflete bem a opinião de diversas pessoas no mundo corporativo.

Um currículo bonitinho pode até ajudar, mas não é o que vai garantir um trabalho consistente. É preciso apresentar ao mercado uma série de competências. A situação vai bem além da parte técnica. Muitos preferem apenas ressaltar que sofrem “injustiças”.

Mais de uma vez, ouvi frases como essa: “A empresa não me valoriza, apesar da minha formação”. Aliás, outro alerta importante é que as formações tradicionais estão longe de ser o único caminho para o sucesso. É necessário manter a mente aberta.

Refiro-me a fazer graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado na mesma área. É claro que isso não é errado. Só fico incomodado quando se acredita que qualquer coisa fora dessa sequência é desperdício de tempo e de dinheiro.

O diploma, sozinho, não significa nada. É o que demonstra, por exemplo, a afirmação de uma coordenadora de RH com quem tive um diálogo. Ela relatou que um tipo de vaga que costumava receber 100 currículos começou a receber cinco vezes mais.

Isso passou a ocorrer em função da crise econômica e política que atingiu o Brasil. Entre os candidatos, estão doutores e mestres. O posto de trabalho anunciado nem exigia tanta formação. A realidade é dura. Encará-la vai além do diploma e do currículo.

O que me parece é que o mercado está recheado de gênios esquecidos. Pessoas supercompetentes que não conseguem um lugar ao sol e se conformam em reclamar disso. Se você tem esse perfil, liberte-se das amarras e agarre o sucesso com as próprias mãos.

Leia livros incríveis, faça cursos apaixonantes. Assuma o controle. Mostre para o mundo o talento que você tem certeza que possui. Seria excelente se um garçom viesse servir a vitória junto de uma taça de champanhe. Porém, não é o que ocorre.

Cada pessoa é responsável pela própria carreira. Quando as coisas não andam bem, é necessário adotar um plano B, arquitetar formas de corrigir o curso. A mudança assusta os profissionais. No entanto, é depois do risco de mudar que está o pote de ouro.

Cuidar do nosso umbigo é outra coisa fundamental. Fico trise quando vejo pessoas que exageram ao julgar o que colegas fizeram ou deixaram de fazer, principalmente quando aquilo não tem nenhuma relação com as atividades delas. Foco é imprescindível.



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