Duas frases acabam com a minha raça: A) “Se fosse bom, não estaria aqui”; B) “Se fosse bom, não teria sido demitido”. Para mim, essa é uma visão muito restrita sobre a vida. Condena indivíduos com base numa análise superficial, sem conhecer todos os aspectos da situação.

Um bate-papo fantástico está disponível no YouTube e abordou assuntos relacionados. Foi entre Marie Forleo, autora de “Deixe os homens aos seus pés”, e Elizabeth Gilbert, que escreveu “Comer, rezar, amar”. Os conselhos que Liz deu são maravilhosos.

“As pessoas matam a criatividade por insistir que não são realmente criativas, a menos que a criatividade pague as contas”. Liz era garçonete e fez um acordo com o universo. Iria continuar a trabalhar para pagar o aluguel e, nos outros momentos, faria o que amava: escrever.

Por sete anos, ela simplesmente não foi aceita por nenhuma editora. Porém, prosseguiu. Desistir não era uma opção. Ela acredita que uma pergunta precisa ser feita: “O que eu amo tanto a ponto de não me importar de comer o sanduíche de m... que vem junto?”.

O amor era escrever e o sanduíche de m... era o período em que não foi publicada. Outro ensinamento tem relação com um texto que escrevi chamado “A paranoia do ineditismo”. Muitas pessoas acham que só podem empreender com algo que ninguém fez antes.

“É quase certo que seu desejo já foi realizado por alguém. A grande diferença é que não foi feito por você”. Ela explica que até Shakespeare se inspirou em histórias já existentes. A questão é que ele as contou de uma forma que ninguém havia feito antes.

“Não deixe o medo ter controle sobre suas escolhas criativas”. Para Liz, o medo tem um papel importante porque ele nos mantém vivos. Ela acredita que o medo pode, sim, “estar no carro, mas senta no banco de trás, não escolhe o lanche, não segura o mapa e não encosta no rádio”.

É preciso ter isso em mente porque, segundo a escritora, a “criatividade sempre vai provocar o seu medo”. Liz pensa que “a razão pela qual não movemos nossa criatividade adiante é sempre e exclusivamente o medo”. Seja persistente apesar dele.

Essas dicas fazem parte do novo livro de Liz, que se chama “Big Magic”. A que eu mais gostei é a que diz o seguinte: “O perfeccionismo é um serial killer”. A autora informa que não queria ser perfeita. O que ela precisava fazer era concluir as coisas nas quais trabalhava.

A escritora acredita que o perfeccionismo é o assassino de todas as coisas boas: além da criatividade, felicidade e imaginação, por exemplo. “O problema do perfeccionista não é o fato de que ele nunca termina. É que, muitas vezes, nem começa”.



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