Existe uma relação de liderança entre um músico e os fãs dele. Um caso do qual sempre me lembro é o da performance da cantora Beyoncé ao interpretar a música " Irreplaceable" durante um show.

O público cantou "to the left, to the left" como se fosse uma sinfonia, sob o comando dela. Peguei um exemplo menos conhecido que o de Freddie Mercury no Rock in Rio para mostrar que isso não é raro.

É claro não dá para comparar alguns artistas. A questão é que mesmo os que produzem músicas consideradas de mau gosto ou de baixa qualidade exercem forte influência no público.

A mesma relação de liderança existe entre professor e aluno. Os estudantes esperam que o educador seja uma referência em diversas áreas e, diante de qualquer desvio, a decepção é grande.

Lembro-me da época em que era acadêmico. Uma colega descobriu que um professor que admirava era fumante. Reagiu com surpresa e indignação e manifestou aquilo publicamente.

Em princípio, o professor poderia mandar a aluna para o inferno. Afinal, aquele hábito era algo pessoal e não dizia respeito a ela. Porém, não foi o que ocorreu. Deu razão à estudante e ficou constrangido.

É preciso entender que, quando menciono que "existe uma relação de liderança", não quero dizer que ela se materializa sempre. Pelo contrário. Em muitas ocasiões, não se consolida.

No caso de Beyoncé e de Freddie Mercury, guardadas as devidas proporções de cada acontecimento, deu certo. Assim como se confirmou no exemplo do professor que citei.

Afirmo que a liderança se consolidou na relação entre o educador e a estudante porque, sem dúvida, ela não se importaria com a saúde de alguém desleixado em sala de aula, que não a tenha conquistado.

Cenário parecido pode ser observado entre pais e filhos. Em todos esses casos, pessoas que estão em posições de "liderança natural" devem ter cuidado redobrado para construir e manter a confiança.



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