Comecei minha carreira muito cedo aos, 15 anos de idade, fruto de uma série de fatores que me levaram a uma profissão muito inusitada e atualmente objeto de desejo de muitos jovens que crescem escutando músicas dos mais variados estilos mas com uma característica muito marcante e comum no mundo todo: sendo tocadas não somente por uma banda, mas por um DJ.

Uma profissão desconhecida, na época marginalizada e cheia de preconceitos contra o que mal poderia ser chamado de “classe”, cresceu e é hoje praticamente inevitável a presença de um DJ em qualquer evento que seja. Mesmo que o DJ não seja efetivamente a “estrela” ou o “destaque” do evento, muito provavelmente ele vai estar lá e com um papel importante.

O mercado gerado por isso rompe as fronteiras da música eletrônica e vai muito além do DJ em si, existe espaço no mercado mesmo para um evento 100% acústico onde um DJ pode estar no intervalo fazendo a transição entre as bandas ou em eventos sociais e corporativos. Se tiver música, um DJ vai se fazer necessário em algum momento. E a coisa vai mais além: é improvável fazer música, para não dizer (quase) impossível, sem algum elemento eletrônico e tecnológico. Nesse contexto é indispensável a ação de um DJ.

Mais do que “tocar músicas” em sí, os DJs tornaram-se profissionais da indústria do entretenimento, da indústria fonográfica, do marketing, do agenciamento, management e muitos DJs “na essência” tornaram-se, através da carreira de DJs, profissionais de sucesso em carreiras tradicionais, mas sempre ancorados no diferencial de ser DJ e na bagagem única que esse conhecimento traz. Modelos viraram Djs, artistas viraram Djs, BBB’s viraram Djs e ser DJ acabou se tornando uma habilidade “cool” e “descolada”.

Engana-se redondamente quem pensa que DJ é aquela pessoa que toca música eletrônica somente. A imagem de um DJ está associada a esse tipo de música mas existe um campo enorme e um leque de opções para qualquer tipo de música em qualquer tipo de evento. Em qual evento não tem música? Difícil até de imaginar! Um “sonzinho” na beira da piscina para poucos e bons amigos? Tem um DJ (profissional, amador ou entusiasta) tocando música. Uma feijoada a tarde ou uma churrascada? Tem espaço para um DJ. Um casamento? Indispensável! Um show sertanejo? Sim! Entre as bandas! Em um mega show de um artista POP? Cada vez mais comum um DJ abrindo um show de grandes nomes como U2, Madonna e outros. Ou seja, são raras as situações em que não existe espaço para um DJ. Você faz o seu play list para curtir no carro? Você coloca seu estilo musical preferido no encontro com amigos em sua casa? Você coloca seu MP3 player para mostrar músicas para uma ou mil pessoas que seja? Parabéns! Assim como eu, você também é um DJ!

Uma pessoa que controla as finanças de casa mesmo de maneira desordenada é também um economista e analista financeiro, pode não ter a mesma “patente” e a mesma autoridade de um profissional da área, nem a qualificação e conhecimento, mas de uma maneira superficial e simplista, também é um economista. Todos nós podemos ter um pouquinho de muitas profissões.

Em que essa explicação tem pontos em comum com outras profissões? Só não enxerga quem não quer, só não existem novas possibilidades e mercados para quem não quer ver e explorar. Assim como para muitos Djs (a maioria que não alcançou o sucesso), “ser DJ” é apenas a visão míope de “tocar músicas em festas”, veja o imenso campo de atuação, as brechas e o enorme potencial a ser explorado. Hoje sou DJ e atuo na área de consultoria, eventos e fazendo coaching pessoal e de carreira, tudo derivado e fruto de uma carreira de DJ com olhos abertos para as possibilidades.

Você já parou para enxergar esses possíveis campo de atuação, as brechas e o potencial a ser explorado na sua profissão? Se você o fizer você pode ser mais do que um ótimo profissional: pode ser um profissional único e diferenciado.

Identifique o campo a ser explorado no seu trabalho, seja minucioso quanto a análise de sua carreira e de seu mercado, encontre um diferencial e novos campos de atuação, agregue conhecimentos e características suas. Mesmo profissões tradicionais e consideradas “saturadas” possuem possibilidades e ramificações a serem exploradas. Oásis de possibilidades e oportunidades que, mais do que crescimento financeiro, estão cheios de porções generosas de prazer e satisfação pessoal.

Em uma recente conversa com um colega ele disse que ser chefe de cozinha é uma profissão concorrida e saturada e assim partiu para a assessoria a restaurantes, coisa que ele também identificou como um campo difícil. Na conversa ele ainda me disse que também toca guitarra. Existem muitos chefes de cozinha? Sim! Existem muitos consultores? Sim! Existem muitos chefes, consultores e tocadores de guitarra? Duvido. Hoje sua série de vídeos na internet misturando culinária, consultoria a novos empreendedores gastronômicos em um descontraído clima onde ele toca guitarra no meio de tudo isso está em franca expansão e ele é hoje é um cozinheiro-consultor-guitarrista de sucesso. É mole?

Explore, seja único, especialista ou não, mas seja diferente !



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