Bastante gente me faz esta pergunta. A resposta é bem simples: sem exageros. Serve para quase tudo na vida, senão tudo. O candidato tem todo o direito de cobrar uma resposta da empresa. Ele compareceu, investiu tempo e expectativa, e em alguns casos, passou por testes e provas. Entrar em contato com a empresa em busca de uma resposta ou posição sobre o processo pode até dar uma boa impressão de interesse pela vaga, desde que haja comedimento.

1 – Peça um prazo e respeite-o

Na entrevista, o candidato pode, sem problema algum, perguntar qual o tempo estimado para ter uma posição sobre seu resultado. Mesmo que o selecionador tenha um deadline, sabemos que por diversos motivos, ele pode não se cumprir. Após o período informado pelo selecionador, o candidato pode tranquilamente entrar em contato com a empresa sem correr o risco de ser inconveniente. Geralmente o selecionador explica a situação do processo e a razão da demora além do esperado.

2 – Se possível, por e-mail

Sempre que possível, faça o contato por e-mail. O selecionador irá verificar no tempo dele, e terá condições até de cobrar uma resposta do gestor, se necessário, podendo já enviar uma resposta mais concreta.

3 – Telefonema, só em caso de dúvida ou mudança de dados

Telefonar para saber sobre o processo já é menos eficaz pois o selecionador não tem como entrar em contato com o gestor enquanto atende o candidato. E ele não sabe a resposta sobre o processo, a menos que o gestor tenha, por sorte, acabado de falar com o RH sobre isso quando candidato ligou. Vale a pena ligar quando você ficou com alguma dúvida sobre a vaga ou quando quer avisar que algum dado seu precisa ser alterado: mudança de endereço, telefone, e-mail, ou acrescentar um certificado ao CV, uma viagem inesperada, etc.

4 – Cuidado com a frequência

Fazer um contato já é suficiente. Passou o prazo estimado pelo selecionador, você enviou um e-mail para saber do processo. Mostra seu interesse pela vaga. Recebendo ou não uma resposta, não insista mais, a menos que o selecionador peça para que você volte a entrar em contato depois. Existem vagas que permitem um contato longo do candidato com o RH, pois ocorrem em determinadas épocas do ano, por exemplo, contratação de temporários, alguns cargos técnicos, professores. Nestes casos, você pode periodicamente (a cada seis meses, ou quando estiver na época de costume para contratação) enviar um CV atualizado para o selecionador dizendo que está disponível.

Já vi candidatos perderem a vaga por insistência. Enchem a caixa de e-mail do selecionador, e às vezes, do gestor também. Ligam duas a três vezes por semana. Aparecem na empresa sem avisar (em um caso extremo, vi um candidato dizer à recepcionista que não iria embora até ser atendido, e não mais pelo RH, mas pelo diretor – mas isso, é claro, não é comum nem normal...), descobrem nomes e contatos de outros funcionários para perguntar sobre seu processo.

5 – Conteúdo

Quando fizer o contato com a empresa, seja rápido e objetivo, principalmente se o contato for por telefone. Se o selecionador quiser conversar mais longamente, você vai perceber e poderá responder com mais detalhes. Se não, apenas faça a função do seu contato: mostrar interesse na vaga, mostrar que lembra dela. Não fique comentando competências e detalhes do seu currículo, ou dizendo como se encaixa à vaga. A entrevista já ocorreu, o que era necessário ao selecionador e ao gestor saberem sobre você, eles já sabem.

6 – Se não fizer contato

Se o candidato não faz contato após a entrevista, não há problema. Não é uma obrigação ou algo esperado e crucial para manter a etiqueta do processo seletivo. Então, se preferir ficar no silêncio, pode ficar, e tranquilo.



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