Durante meu PCC, ao praticar o uso de uma ferramenta, percebi que meu coachee frequentemente desviava-se do assunto, contando histórias intermináveis, sem com isso responder ao que havia sido perguntado.


Até comentei com a professora que "Fulano é incoachável." Mais tarde me peguei pensando que o problema não estava no meu coachee, mas em mim, a coach. Se o coach é a pessoa responsável por conduzir a sessão e o coachee foge do assunto, cabe ao coach recolocá-lo no rumo da sessão.


Isso me fez lembrar da máxima "Não existe coachee difícil, existe coach inflexível." E é a mais pura verdade. Quando o coachee começou a divagar e perder o foco da sessão, cabia a mim fazê-lo voltar aos eixos. No entanto, simplesmente acreditei que era um conflito de personalidades.


O que ocorre é que nem sempre o coach vai encontrar aquele coachee "alma gêmea", que segue a sessão do jeito que deve ser seguida. Cabe ao coach achar a melhor maneira de gerar empatia entre ele e o coachee. Eis algumas soluções que encontrei para trazer o coachee divagante de volta à sessão:


  • - Utilizar alguma fala dele durante a história para fazer uma pergunta pertinente à ferramenta em uso;

  • - Utilizar perguntas de desconstrução de modelo mental a partir de alguma coisa dita durante a história;

  • -Peça, educadamente, para que o coachee seja mais objetivo;

  • -Caso o coachee interrompa o coach com as histórias, chamar a atenção educadamente, para a ferramenta/estratégia, dizendo "Fulano, para que possamos aproveitar ao máximo a sua sessão, vamos voltar ao processo aqui. Depois você me manda um e-mail com a sua história, que eu vou ler e te dar um retorno em seguida, ok?"


Tenha em mente que as histórias do coachee podem trazer informações valiosas para a sessão. No entanto, se a conversa estiver se estendendo demais em detrimento da sessão, cabe ao coach pedir ao coachee que seja mais objetivo.


Concluindo, sempre haverá um jeito de o coach estar no comando da sessão sem que, com isso, entre em conflito com a personalidade do coachee. Cabe ao coach saber qual a melhor abordagem e ser flexível para que o coachee não se sinta afrontado.




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