O quanto você já perdeu por não investir em uma conversa mais profunda?

Muitas pessoas preferem tentar adivinhar o que o outro está dizendo, ou pegam as informações pela metade. Dessa forma, elas acabam perdendo os detalhes mais importantes ou gastam seu tempo com o retrabalho, diminuindo assim a sua performance e produtividade, além de aumentar o prejuízo. Veja o exemplo:

Dois irmãos (o chamaremos de Bug e Jack) querem uma laranja, e rapidamente para evitar a discussão eles a cortam ao meio e cada um vai para o seu lado. Justo, não? Porém, Bug queria consumir os gomos da laranja, e o faz, jogando as cascas fora. Já Jack queria as cascas da fruta para fazer um bolo e, consequentemente joga os gomos fora. Qual é o principal aprendizado nesse exemplo? 


Uma simples conversa otimizaria os resultados de ambos, e a partir desse exemplo vemos o desinteresse pelas intenções alheias. Hoje em dia é comum fugirmos de conversas desgastantes, como a discussão sobre os resultados no final de um mês, conversas sobre implantações e mudanças das políticas da empresa, corte de custos na vida pessoal e etc. 

Porém quando esse diálogo difícil é encarado a percepção sobre a situação é expandida e, consequentemente, nova ideias surgem da junção de vários pontos de vista, ou mesmo um projeto que tinha as suas falhas submersas seja melhorado com a visão de terceiros.

Logicamente que para essa conversa acontecer as pessoas necessitam de inteligência emocional para lidar com as críticas e pontos de vistas diferentes.

Muitas empresas propõem esse diálogo com os seus liderados, para que haja mais engajamento e ajustes no processo operacional. Sabemos que muitas vezes o conflito é necessário para promover soluções e ideias maravilhosas, aumentando assim a criatividade e evitando situações problemáticas no futuro.

Essas conversas devem seguir um viés profissional, acontecendo de forma objetiva e focada na solução. Um erro fatal nesse momento é entrar no caráter pessoal, fazendo colocações indevidas como, a exemplo de julgar o próximo como desorganizado. 

Essa suposição é vaga e fere a identidade da outra pessoa, não trazendo resultado algum para a organização. A conversa deve ser baseada em fatos, como por exemplo, “na reunião de ontem, você não estava com os relatórios necessários para a apresentação, então, nesse momento você mostrou falta de organização”. Dessa forma o diálogo se torna objetivo e produtivo, sem maiores problemas de caráter pessoal. 

Fazer apontamentos comportamentais favorece o desempenho das pessoas, seja no âmbito pessoal ou profissional, essa postura pode lhe trazer melhores resultado na comunicação interpessoal. 

Ao lidar com fatos palpáveis e não entrar no nível de identidade das pessoas, você consegue realizar uma comunicação não agressiva, passando um nível de maturidade para o seu interlocutor.

Sobre o que você vem evitando conversar, que se você fizesse conseguiria obter melhores resultados?



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