Vivemos a era da informação, a era onde para saber algo ou “conhecer alguém” basta um clique ou um toque e lá estamos de frente com toda informação por textos, imagens e, até mesmo, vídeos. Conhecemos tudo sobre outras pessoas pelas redes sociais, aonde vão, onde estão, aonde irão a ou até mesmo o que comem. Somos bombardeados de informações positivas e negativas passando pela time line de nossos amigos virtuais.

Se quisermos fazer uma dieta, traçar uma rota de viagem ou, até mesmo, confeccionar uma bomba, basta consultar o Google. Diante de tanta informação e conhecimento a pergunta que fica é: nós realmente nos conhecemos?

Vivemos tão preocupados com quantas curtidas teremos em nossa nova foto ou post que fazemos disso uma definição para nossa felicidade ou insatisfação por não termos alcançado centenas de “joinhas” em nossa publicação. Conhecemos os estilos, frases de efeitos de outras pessoas, mas nos conhecemos?

O processo de autoconhecimento muitas vezes é dolorido, pois nos faz enxergar quem somos de dentro para fora e perguntas simples nos fazem perder o sono como: Quem sou eu? Por que estou nesse mundo? Qual minha missão de vida? Por que ainda não consegui realizar meu sonho? E noites de sono são perdidas pensando coisas que não conseguimos entender.

Certa feita, um professor de filosofia questionou um aluno em uma de suas aulas: - João me fale sobre um pingo d’água. Depois de certo tempo pensando o aluno diz ao seu professor: - E nele me afoguei! Muitas vezes o autoconhecimento é como esse pingo d’água, simples e óbvio num primeiro momento, mas por não sabermos por que sentimos ou o que sentimos; por que fazemos ou por que não fazemos; do que realmente gostamos ou o que estamos tolerando, nele nos afogamos.

Como dizia Carl Jung: “Quem olha para fora sonha, mas quem olha para dentro desperta.” Muitas vezes a resposta não está na afirmação, mas na interrogação. Baseando-se nisso vem o processo de Coaching que faz o indivíduo olhar para dentro e questionar, e quase sempre a resposta está dentro da sua própria alma, a mesma que se afogou em um pingo d’água. Muitas vezes este feriu valores para agradar pessoas ou para fazer algo que o momento lhe exigiu, mas isso lhe causou dores na alma. Todos nós temos valores e quando realizamos algo que vai contra o que acreditamos, mesmo que de forma inconsciente, isso nos machuca e às vezes nos coloca em uma situação de sofrimento e não sabemos como fomos parar lá.

O primeiro passo para a mudança é achar e identificar nossos valores, pois eles regem a nossa vida, nos fazem querer ou não, fazer ou não, ir ou não, pensar ou não, de determinada forma. Valores são nossas bússolas e os objetivos são o nosso norte. Olhamos para o objetivo, mas muitas vezes a bússola dos valores está desalinhada e pensamos que estamos indo ao norte, quando na verdade podemos estar indo ao sul. Sabemos o que queremos, mas às vezes não conseguimos alcançar nossos objetivos, pois não sabemos nossos valores claramente ou estes estão inconscientes.

Quando o indivíduo aplica a frase “Conhece a ti mesmo” ele vê seus valores, alinha-os e estes o fazem caminhar ao norte que é seu objetivo e sem nenhuma variação de direção.

Conhece a ti mesmo e chegará onde não sabia que era capaz!



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