Ao longo do dia, podemos não perceber mas tomamos dezenas de decisões. Definir as nossas opções é mostrar o reflexo de quem verdadeiramente somos, é expirar nossa essência para o mundo. Por que agimos como agimos? O que nos impulsiona a praticar determinada atitude? Por que nossos estados emocionais variam conforme o cenário em que estamos ou de acordo com as escolhas que fazemos? Quais são nossos motivadores?

Desde muito cedo nossos princípios são formados, herdamos alguns comportamentos ao tomar como exemplo ações de pessoas que estão ao nosso redor e experimentamos diversas situações que nos proporcionam sensações boas ou ruins. Aos resultados do nossos aprendizados, aos ensinamentos mais importantes e às lições mais preciosas, atribuímos certo grau de valor. Quanto maior for esse valor, maior será o seu estímulo gerado.

Se fossemos uma árvore, nossos valores poderiam ser representados por suas raízes, as quais são responsáveis por extrair do ambiente todo nutriente e energia necessária para a manutenção e desenvolvimento da mesma. As raízes normalmente não são visíveis ao ambiente externo, encontram-se nas profundidades do ser e formam uma base sólida para que este tenha condições de romper o limite exterior e mostrar-se ao mundo. Então, mesmo em condições adversas, é possível ficar firme no seu propósito mantendo-se em crescimento, evoluindo e contribuindo para a propagação da vida.

Às vezes, não mais nos permitimos prestar atenção às nossas raízes. Não percebemos quais são os nutrientes que as estão alimentando, se na terra há espaço para fixar-se e crescer ou se o ambiente é o mais adequado a ponto de não deixar que as mesmas tornem-se superficiais. Às vezes, nem notamos que temos raízes. E você, já parou para observar como estão suas raízes? Você sabe identificar quais são suas raízes mais profundas?

Faça o primeiro teste e redescubra seus valores ao se afastar da dor: pense em situações nas quais você ficou extremamente enraivecido (a), furioso (a); estava insatisfeito (a) ou sentiu-se muito desapontado (a), desmotivado (a) ou frustrado (a) com o ocorrido. Pois bem, certamente algum valor seu não foi atendido ou respeitado. Perceba melhor o momento, escute o que ouviu, veja o que viu e sinta o que sentiu. Talvez a sua liberdade tenha sido bloqueada; sua segurança, violada; sua dignidade, ignorada; sua confiança, quebrada ou você não tenha sido reconhecido (a) pelo seu trabalho. Reflita e anote o que faltou nestas circunstâncias. Parabéns, você identificou alguns de seus valores.

Faça em seguida o segundo teste e acesse seus valores ao aproximar-se do prazer: Pense em situações nas quais você ficou extremamente eufórico, emocionado só de pensar no que estava por vir; busque momentos em que estava com brilho nos olhos, imensa sensação de bem estar, muito feliz, inspirado, motivado, disposto e realizando algo apaixonadamente. Relembre ocasiões em que você sorriu por dentro e por fora de tamanha satisfação e perceba o que ouviu, viu ou sentiu. Talvez a transparência em uma negociação possa ter gerado um excelente acordo; você tenha vivenciado momentos alegres em família; você tenha sido reconhecido pelo projeto ou pode contribuir em compartilhar seu conhecimento; você tenha acreditado em si mesmo ou simplesmente estava agradecido por aquela experiência. Reflita e anote o que lhe motivou nestes períodos. Parabéns, você recordou alguns de seus valores mais preciosos.

Agora que já identificou seus valores, mantenha-os na frente de seus caminhos. Guiando-se pelos valores, você permanecerá alinhado em seus ambientes, comportamentos e hábitos. Com isso suas decisões serão assertivas, suas emoções mais positivas e uma energia vibrante brotará em você para viver a vida. Ative seus motivadores: raiz forte, árvore saudável.


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