Michael Jackson morreu há exatos cinco anos. Soube da morte do rei do pop na redação de um jornal em que trabalhava. Acessei o site da Folha para ver as notícias mais recentes e, de repente, começou a tocar a música “Man in the mirror”. Foi um complemento à manchete.

Era uma época em que a imagem do artista estava muito arranhada. Escândalos eram divulgados a todo o momento e me arrisco a dizer que ele chegou a virar chacota mundial, pelo menos por um período. Algumas comédias lançadas demonstram isso.

Para os que foram muito contaminados pelo noticiário, a morte de Michael Jackson foi uma oportunidade de fazer uma revisão da obra. A conclusão a que eu chego é que o legado dele não está apenas na dança e na voz. O músico tornou famosas letras incríveis.

Quero me concentrar aqui na letra de “Man in the mirror” (“O homem no espelho”) pela relação que tem com os assuntos que costumo discutir nos meus textos. A canção faz uma crítica às pessoas que fecham os olhos para quem passa fome e não tem onde ficar.

"Eu estou começando com o homem no espelho. Eu estou pedindo a ele para mudar seus modos. E nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara. Se você quer fazer do mundo um lugar melhor. Olhe para si mesmo, e então faça uma mudança".

Nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara: é muito fácil transferir a responsabilidade. Se isso é verdade com os problemas sociais, é uma realidade também no que diz respeito ao mundo corporativo. Temos que olhar mais para o homem ou para a mulher no espelho.

Há um foco exacerbado na concorrência. Note que você estará sempre um passo atrás do seu “concorrente” se tentar fazer exatamente o que ele faz o tempo todo. O perigo de olhar dessa forma para o “oponente” é que não há como saber a próxima etapa dele.

Desse jeito, você fica desnorteado e só age quando o novo degrau do outro é anunciado. Penso que temos que analisar os outros sim, mas por uma questão de responsabilidade de mercado. O que não dá é para ficar paranoico e agir apenas com base nisso.

Waldez Luiz Ludwig, palestrante e consultor, costuma dizer que “o maior concorrente de um corredor de Formula 1 é o cronômetro e não o outro corredor”. Portanto, eu pergunto: o que sua empresa pode fazer hoje para melhorar e que não envolve olhar para fora dela?

O que você, profissional, pode fazer hoje para melhorar, sem olhar para os outros? O mais libertador de começar a pensar assim é que você percebe que coloca o foco em algo que pode mudar. O controle está em suas mãos. Então, comece por quem está no espelho.

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